"Moro amigo" e "Lula alvo nº 1": as novas mensagens da Lava Jato
Diálogos constam em petição com novos conteúdos enviados pela defesa de Lula ao Supremo Tribunal Federal
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Uma nova remessa de mensagens trocadas pelos procuradores da Operação Lava Jato de Curitiba mostra que os magistrados chamam o ex-juiz Sergio Moro de "amigo", pedem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado "alvo número 1", seja atingido "na cabeça" e que houve supressão de depoimento em que o delator elogiava palestras do petista.
Os trechos das conversas estão anexadas à petição apresentada pela defesa de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (12.fev).
"Depois de ontem, precisamos atingir Lula (prioridade número 1)", afirma a procuradora Carol PGR, em mensagem enviada no dia seguinte que o ex-juiz Sergio Moro determinou a condução coercitiva de Lula.
O segundo alvo, segundo Carol PGR, seria alguém que ela chama de Renan.
Em outro trecho da petição, a defesa de Lula mostra diálogos em que procuradores combinam de emitir nota oficial em defesa a Moro para ajudar o que chamam de "amigo". Neste contexto, eles ainda se referem a Lula como "infeliz". "O fundamento maior da nota é: não deixamos um amigo apanhar sozinho. Moro fez e estava sendo criticado. Vamos para cima juntos", diz um procurador.
"Vamos torcer pra esta semana as coisas se acalmarem e conseguirmos mais elementos contra infeliz do Lula".
Mais adiante, os advogados do ex-presidente também mostram mensagens para defender a tese de que a Lava Jato tinha o objetivo de "devassar e produzir qualquer coisa" contra Lula. A defesa anexa no documento diálogos em que procuradores sinalizam supressão de parte de delação premiada em que o colaborador na investigação elogiava palestras do petista.
As mensagens fazem alusão à delação de Paulo Damazzo, da construtora Andrade Gutierrez.
"Pessoal das palestras. O Paulo Damazzo disse hoje que esteve na palestra do 9 um foi realizada num hotel Porto Real ou algo assim, que o evento foi grande, reunião anual de líderes da Andrade no mundo todo, a palestra foi muito boa e o cara saiu ovacionado", afirma o procurador chamado Paulo.
"Não botei no termo".
Em seguida, continuam no assunto: "Tem outras palestras da AG? Se for só essa, talvez não precise investir nisso. O cara já saiu da empresa, tem até raiva e não teria muito por que proteger o 9".
Os advogados de Lula enviaram mais essa remessa de mensagens trocadas pelos procuradores de Curitiba, dois dias depois de a Segunda Turma do STF ter autorizado que o ex-presidente mantenha acesso a esse conteúdo, conquistado após determinação do ministro Ricardo Lewandowski.
Os trechos das conversas estão anexadas à petição apresentada pela defesa de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (12.fev).
"Depois de ontem, precisamos atingir Lula (prioridade número 1)", afirma a procuradora Carol PGR, em mensagem enviada no dia seguinte que o ex-juiz Sergio Moro determinou a condução coercitiva de Lula.
O segundo alvo, segundo Carol PGR, seria alguém que ela chama de Renan.
Em outro trecho da petição, a defesa de Lula mostra diálogos em que procuradores combinam de emitir nota oficial em defesa a Moro para ajudar o que chamam de "amigo". Neste contexto, eles ainda se referem a Lula como "infeliz". "O fundamento maior da nota é: não deixamos um amigo apanhar sozinho. Moro fez e estava sendo criticado. Vamos para cima juntos", diz um procurador.
"Vamos torcer pra esta semana as coisas se acalmarem e conseguirmos mais elementos contra infeliz do Lula".
Mais adiante, os advogados do ex-presidente também mostram mensagens para defender a tese de que a Lava Jato tinha o objetivo de "devassar e produzir qualquer coisa" contra Lula. A defesa anexa no documento diálogos em que procuradores sinalizam supressão de parte de delação premiada em que o colaborador na investigação elogiava palestras do petista.
As mensagens fazem alusão à delação de Paulo Damazzo, da construtora Andrade Gutierrez.
"Pessoal das palestras. O Paulo Damazzo disse hoje que esteve na palestra do 9 um foi realizada num hotel Porto Real ou algo assim, que o evento foi grande, reunião anual de líderes da Andrade no mundo todo, a palestra foi muito boa e o cara saiu ovacionado", afirma o procurador chamado Paulo.
"Não botei no termo".
Em seguida, continuam no assunto: "Tem outras palestras da AG? Se for só essa, talvez não precise investir nisso. O cara já saiu da empresa, tem até raiva e não teria muito por que proteger o 9".
Os advogados de Lula enviaram mais essa remessa de mensagens trocadas pelos procuradores de Curitiba, dois dias depois de a Segunda Turma do STF ter autorizado que o ex-presidente mantenha acesso a esse conteúdo, conquistado após determinação do ministro Ricardo Lewandowski.
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