Polícia de SP fecha cerco contra família de golpistas
São pelo menos 11 mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão a serem cumpridos
![Polícia de SP fecha cerco contra família de golpistas](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FSBT_News_5970c5cd17.jpg&w=1920&q=90)
Publicidade
![](https://static.sbt.com.br/noticias/images/155985.jpg?t=1607422682)
Policiais estão espalhados por toda a cidade para cumprir os mandados de prisão temporária, busca e apreensão. Imagens: SBT
A Polícia Civil deflagra, na manhã desta terça-feira (8.dez), a Operação Arcanos, que tem o objetivo é prender criminosos de uma mesma família, apontados pelos investigadores, como os principais golpistas de São Paulo.
São 11 mandados de prisão temporária de cinco dias e 15 mandados de busca e apreensão serão cumpridos na capital paulista e na região da Grande São Paulo.
O alvo principal da polícia é a falsa vidente Maria Helena Gimenez, investigada por aplicar golpes milionários há décadas. Foram decretadas as prisões do pai, do marido, de três filhos (duas mulheres e um homem) e outras pessoas próximas a Maria Helena. O grupo é acusado de integrar uma rede de adivinhos especializados em obter quantias milionárias em troca de trabalhos espirituais fraudulentos.
Toda a família vai ser indiciada por associação criminosa e estelionato. A polícia investiga dezenas de golpes - há boletins de ocorrência registrados em todo o Estado, especialmente em bairros nobres da capital.
Para cooptar vítimas, os falsos golpistas faziam anúncios em rádios e jornais, além de abordagens pessoais. Em janeiro de 2019, uma das vítimas foi abordada em frente ao Hospital Sírio Libanês. Os estelionatários disseram que ela estava com um "encosto" e que precisava de uma limpeza espiritual. Essa senhora perdeu R$ 25 mil reais.
Essa foi uma das menores perdas. Outra vítima em Santos, litoral sul de São Paulo, teve R$ 300 mil em joias furtadas. Os golpistas a convencer de que os objetos precisavam ser "abençoados" e nunca mais apareceram. Em 2015, um empresário perdeu 50 milhões de reais ao acreditar que os falsos rituais poderiam curar tonturas que sentia havia anos.
Publicidade