Força-tarefa apura fraude de R$ 100 mi em serviço de alimentação dos presídios no Rio
Crimes de corrupção, lavagem de dinheiro estão em investigação; Oito mandados de busca e apreensão são cumpridos em SP
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Polícia e MP paulista apoiam MPRJ sobre supostos desvios de recursos no serviço de alimentação dos presídios do Rio de Janeiro. Foto: SBT
Na manhã desta quarta-feira (14 out.), uma força tarefa que envolveu o Ministério Público paulista e fluminense e a Polícia Civil de São Paulo realizaram a Operação Hiperfagia em todo o Estado de São Paulo. A operação apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo fraude à licitação e formação de um cartel no serviço de fornecimento de alimentação nos presídios do Rio de Janeiro.
A operação é uma força-tarefa entre policiais civis do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que apoiam o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
A ação policial visa cumprir oito mandados de busca e apreensão em Santo André, São Paulo, Santana de Parnaíba e Indaiatuba, no Estado de São Paulo, em uma empresa e mais seis residências de empresários responsáveis e envolvidos em um 'pregão eletrônico'.
Segundo informações da delegada da Divisão de Capturas da Polícia Civil paulista, Ivalda Aleixo, a investigação é sobre fraude em licitação e formação de um cartel no fornecimento de alimentação nos presídios de Rio de Janeiro. Seriam de 4 a 5 contratos que somam mais de R$ 100 milhões. Determinadas empresas participavam da licitação e pessoas da comissão sabiam da fraude e não denunciavam.
Documentos que mostram a relação entre as empresas do cartel, discos rígidos (HDs) e telefones foram apreendidos. Os valores ainda não foram encontrados. Nas buscas feitas em seis residências, duas delas os empresários não foram encontrados.
A investigação menciona o nome do secretário da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Alexandre Azevedo de Jesus, de 46 anos. Quem desencadeou a Operação é o Ministério Público do Rio de Janeiro, que apura fatos dos últimos três anos (2018 à 2020).
As autoridades entenderam que o cartel se organizou para ganhar e ficar com essas licitações, passavam o serviço para as menores empresas, o que causou um superfaturamento no preço de cada refeição. E isso que está sendo apurado.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, outros detalhes serão passados ao término da ação pelo órgão responsável.
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