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Jornalismo

Série: Várzea - Essência do Futebol III

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O jogo duro dos ingleses que chegou a São Paulo no século XIX, encontrou no Brasil um novo modo de ser, pensar e sentir: futebol se joga com os pés, as pernas, a cintura e o coração.

Recuperação, essa é a palavra que resume o futebol brasileiro, que perdeu as últimas duas copas e fez muitas pessoas acharem que a seleção está "sem cara", onde os jogadores são convocados apenas para serem vendidos para times do exterior e fez com que a revista inglesa 442, uma das mais respeitadas do mundo, estampasse a frase "O futebol brasileiro morreu".

Para algumas pessoas, os jogadores atuais perderam a humildade e deixaram o dinheiro subir a cabeça, o que fez com que eles fossem jogar em times de fora do país, muito cedo.

Mas na várzea, a alegria resiste, o futebol rolando, o pessoal jogando baralho, conversando e encontrando ex-jogadores de futebol, como Cleber Maranhão, mais conhecido como Índio, que jogou no Santos de 90 a 96, mas que hoje, após ter perdido todo o dinheiro que ganhou enquanto jogou e morou na Europa, administra um campo de várzea, na zona leste de São Paulo, onde mora com a mulher e os filhos em uma casa apertada, de apenas dois cômodos.

Mas o futebol de comunidade que todo mundo acompanha gratuitamente e de onde muitos bons jogadores são revelados, não pode ser perdido. E é transformando a ginga em drible que o Brasil vai aos poucos recriando seu "futebol arte" que consagrou o jeito brasileiro de jogar bola, sem perder a alegria a e humildade, uma essência sempre presente na várzea.

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