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Indígena de 15 anos morre após ser violentada no Amapá

Crime ocorreu na última 4ª feira (13.set); homem de 43 anos foi preso em flagrante

Indígena de 15 anos morre após ser violentada no Amapá
Bandeira do Brasil em Oiapoque (Divulgação/Governo do Amapá)
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Uma adolescente indígena karipuna morreu após ser atacada por um homem de 43 anos. Maria Clara Batista, de 15, estava internada em estado grave em um hospital de Caiena, capital da Guiana Francesa. Ela faleceu neste domingo (17.set).

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O crime ocorreu na última 4ª (13.set) em Oiapoque, cidade amapaense. Maria Clara foi abusada e afogada na lama, em uma área de pântano. Ela conseguiu deixar o local após o ataque e procurar ajuda, mas ingeriu muita lama e contraiu infecção pulmonar em decorrência disso. Como consequência, foi internada e passou a correr risco de vida.

As polícias Civil e Militar do Amapá prenderam em flagrante, no caso, Cláudio Roberto da Silva Ferreira. Ele é acusado dos crimes de estupro e tentativa de homicídio. A prisão dele já foi convertida em preventiva e, de acordo com a Polícia Civil, o homem de 43 anos já respondia pelos delitos de furto e estupro de vulnerável antes do ocorrido da última 4ª.

Em nota divulgada neste domingo (17.set), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) expressou "profundo pesar" pela morte de Maria Clara e solidariedade à família. Segundo a Funai, o crime que tirou a vida dela "é um reflexo de uma sociedade que ainda enfrenta problemas como a intolerância, a desigualdade de gênero e a violência contra as mulheres, especialmente as indígenas. Este ato hediondo não afeta apenas a família enlutada, mas também todas as comunidades indígenas do Oiapoque, que clamam por justiça e proteção".

A secretária de Assistência Social do Amapá, Aline Gurgel, repudiou "veementemente" o assassinato da jovem. "Ela foi violentada de forma brutal e veio a óbito. Acompanharei todas as medidas para que o acusado seja punido com o rigor da lei. "Me solidarizo com familiares e amigos da jovem Maria Clara nesse momento tão difícil. Basta de violência contra as mulheres", complementou, em publicação no X (antigo Twitter).

**Com informações da Agência Brasil

Confira a íntegra da nota da Funai:

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por meio da Coordenação Regional do Amapá e Norte do Pará, expressa seu profundo pesar e solidariedade à família diante da trágica notícia do falecimento da jovem indígena Karipuna, Maria Clara Batista Vieira, de apenas 15 anos, vítima de violência sexual. Maria Clara nasceu em 21 de março de 2008, e sua vida foi abruptamente interrompida em 17 de setembro de 2023.

Neste momento de profunda dor, manifestamos nossa mais sincera solidariedade à família de Maria Clara, bem como a todos os povos indígenas, que se unem no luto por esta perda irreparável. A violência que Maria Clara sofreu não é apenas uma tragédia individual, mas também uma triste realidade enfrentada por muitas mulheres indígenas em nosso país.

O crime que tirou a vida de Maria Clara é um reflexo de uma sociedade que ainda enfrenta problemas como a intolerância, a desigualdade de gênero e a violência contra as mulheres, especialmente as indígenas. Este ato hediondo não afeta apenas a família enlutada, mas também todas as comunidades indígenas do Oiapoque, que clamam por justiça e proteção.

A Funai repudia qualquer forma de violência, principalmente aquela perpetrada contra mulheres e jovens indígenas. Este crime bárbaro é inaceitável e exige que a justiça seja feita de forma rigorosa. A Fundação trabalhará incansavelmente, em parceria com as autoridades competentes, para que o culpado seja responsabilizado e punido de acordo com a lei. Além disso, se compromete em tomar medidas concretas para evitar que outras mulheres indígenas se tornem vítimas de violência sexual.

A Funai está fortalecendo sua atuação na promoção de políticas de prevenção e proteção, bem como no apoio às vítimas de violência de gênero, com a colaboração de organizações da sociedade civil, do sistema de justiça, e de outras instituições governamentais.

A Fundação reitera seu compromisso em enfrentar essa grave questão, enfatizando que todos os esforços serão empreendidos para garantir a justiça e a segurança das mulheres indígenas.

Que Maria Clara descanse em paz, e que sua memória inspire nossa determinação em lutar contra a violência de gênero e proteger os direitos das mulheres indígenas.

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