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Caso Vanessa: Mãe não acredita em versão de assassino da filha

Bruno de Matos matou a ex-mulher, Vanessa de Cássia Fontes, de 35 anos, após ela deixar filho na escola

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Foto da Vanessa de Cássia, close de óculos escuros
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A mãe da enfermeira Vanessa de Cássia Fontes, de 35 anos, que estava desaparecida desde a última quarta-feira e que foi assassinada, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, não acredita na versão do assassino confesso, Bruno de Matos, ex-marido da vítima, dada à polícia. Ela fala como era a Vanessa.

"Ela ajudava todo mundo. Ela era uma boa filha, companheira. Ela era uma pessoa feliz. O meu neto era o melhor companheiro dela. Se você ver na rede social, ela virava uma criança com ele".

Assim, a mãe resumiu a filha Vanessa e o neto David, de cinco anos. Velar o corpo da enfermeira, 35 anos, foi difícil. Triste também foi a amiga da família, Larissa Alencar, dar a notícia para a criança.

"Eu tava sentido que ele não queria ouvir o que eu queria falar, eu tava sentindo que ele não queria ouvir. Segurei na mãozinha dele assim e falei, então Davi, sabe o que aconteu com o Tobi, quando ele morreu? Aconteceu isso com a sua mãe. Só que a sua mãe tá morando lá com Jesus também."

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Vanessa foi morta pelo ex-marido, Bruno de Matos. Os dois tinham uma relação complicada, que envolvia violenca e ameaças, segundo Renê Vilaça, primo e advogado da familia.

"Era um relacionamento conturbado né. eles iam e voltavam. ele não gostava de ficar com uma mulher só. muitas vezes ele ameaçava ela, você vai pagar por isso, não fica assim."

Em depoimento à polícia, Bruno disse que as discussões entre ele e Vanessa eram sempre a respeito das visitas ao filho. Que no último dia 13, ela deixou o menino na escola e, na sequência, os dois se encontraram em frente ao prédio onde ela morava. O dois conversaram dentro do carro, com a Vanessa ao volante. Ele afirmou ainda que durante a discussão, teria sido ofendido e em um acesso de fúria, esganou a ex-mulher.

"Ele fez isso até que ela desfalecesse. Mas quando viu que ela não retomava a consciencia, ele partiu para a parte mais fria. Ele colocou o corpo no banco traseiro do carro, assumiu a direção, foi até a casa dele, onde reside com a esposa, deixou o carro na porta com o corpo da Vanessa no banco de trás, subiu até a casa, não disse nada para a esposa, pegou a blusa de frio e disse que ia trabalhar", relatou Kelly Sachetto, delegada seccional que cuida do caso. 

Em vez disso, Bruno dirigiu até um ponto que fica no limite entre São Bernardo do Campo e Santo André, no ABC Paulista, e abandonou o corpo da Vanessa. Segundo a polícia, depois que o desaparecimento dela começou a repercutir, ele confessou o crime para a atual esposa.

"Já vendo que a situação estava fora do controle dele, ele acabou confidenciando para a atual esposa que havia feito uma besteira. Foi aí que a polícia, realmente, foi em busca deles para levá-los,conduzi-los para serem ouvidos", continuou a delegada.

Bruno confessou ter arremessado o corpo da Vanessa por cima de um muro e que teria feito isso sozinho. Mas a polícia não descarta a possibilidade da ajuda de outra pessoa. Por isso, os agentes estão tentando identificar câmeras de segurança instaladas no trajeto que ele fez entre a casa dele e o local onde o corpo foi abandonado. A mãe da Vanessa contesta a versão que o assassino confesso deu à polícia em todo o seu depoimento.

"A minha filha não entrou no carro com ele, por livre expontânea, não entrou, não foi a versão, eu conheço minha filha, ela não ia entrar, ela tinha medo, não atendia nem ligação dele, quem dirá entrar no carro com ele."

E no velório da filha, fez um desabafo.

"Eu tô representando mães que estão perdendo filhas. Isso tá acontecendo muito, por monstros igual ele. Ele foi frio."


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