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Dias antes do pai negociar relógios, Cid pediu relatório sobre itens de luxo

O general Mauro Cesar Lourena Cid teria iniciado vendas em meados de junho. Lista cita 37 relógios de marca

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O esquema de venda de itens de luxo recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, desvendado pela Polícia Federal nesta 6ª feira (11.ago), ficou documentado em e-mails das contas de servidores que trabalharam na ajudância de ordens. Em 2.jun do ano passado, o segundo-tenente do Exército, Cleiton Henrique Holzschuk, recebeu relatório com todos os relógios de luxo que Bolsonaro havia recebido nos últimos meses em viagens e missões oficiais pela Presidência da República. Cerca de 15 dias depois, o pai Mauro Cesar Lourena Cid inicia a operação para a venda dos itens de luxo.

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Na lista enviada para o tenente, estão 37 relógios de pulso, de mesa e de parede. O relatório cita as marcas; entre as fabricantes estão algumas marcas internacionais como Rolex e Technos. Os valores dos produtos variam entre R$ 20 mil e R$ 60 mil.

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Relatório enviado para o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro mostra relógios do acervo

Segundo a investigação da Polícia Federal, logo depois de o tenente-coronel Mauro Cid receber o relatório, o pai dele, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid ficou responsável por negociar a venda dos itens para repassar o dinheiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Mensagens obtidas pelos investigadores mostram que o general vendeu relógios por R$ 68 mil reais. A Polícia Federal sustenta que o esquema envolvia não só a venda de relógios, mas outros itens de luxo recebidos por Bolsonaro como presentes oficiais para a presidência da República. 

O tenente que pediu o relatório sobre os relógios participou também da operação no fim do ano passado para tentar resgatar os diamantes apreendidos no Aeroporto de Guarulhos que foram dados pelo governo Saudita para o governo brasileiro. 

Resolução do TCU diz que apenas itens com valores de até R$ 100 podem ser incorporados ao acervo particular de ex-presidentes da República.

O SBT Brasil abordou a investigação sobre os e-mails na 3ª feira (11.ago):

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