Polícia Civil investiga criminosos especialistas em assaltos a joalheria
Investigadores conseguiram prender parte do bando depois de mais de um ano de investigação
Marco Pagetti
A polícia está a procura de três criminosos que fazem parte de uma quadrilha especializada em assaltos a joalheria, que age em todo o país. Investigadores conseguiram prender parte do bando depois de mais de um ano de investigação.
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Os crimes estão ligados à maior facção criminosa do país. Depois de roubados, os relógios de luxo eram enviados ao exterior.
No ano passado, os criminosos realizaram um assalto cinematográfico em uma joalheria de Belho Horizonte. A loja ficava dentro de um shopping, que estava lotado às vésperas do dia das mães. Eles invadiram o local, fizeram reféns e conseguiram levar treze relógios de luxo, avaliados em cerca de R$ 1 milhão.
Agora, mais de um ano depois, a Polícia Civil de Minas Gerais conseguiu chegar até os assaltantes. De acordo com o delegado Gustavo Barletta de Almeida, o grupo - que em sua maioria é de São Paulo - convoca criminosos de cada cidade onde o roubo vai acontecer.
"É uma quadrilha especializada nesse tipo de delito. Durante as investigações, a gente descobriu que eles são responsáveis, inclusive, por roubos em outros estados, além de São Paulo e Minas Gerais... São integrantes, a maioria deles, do estado de São Paulo, mas sempre que eles vão aos estados, eles convocam integrantes daquela localidade", diz o delegado da Polícia Civil de Minas.
Integrantes da mesma quadrilha participaram de um assalto parecido a uma joalheria em Goiânia, em novembro de 2022. Levaram mais de 70 relógios de luxo, deixando um prejuízo de mais de R$ 2 milhões. Na fuga, quatro homens foram mortos em confronto com a PM. Três deles participaram do roubo em Minas.
Esta semana, a polícia prendeu mais dois integrantes do bando, inclusive a mãe de um dos assaltantes, que teria ajudado no resgate do grupo em Belo Horizonte.
Segundo a investigação, um dos líderes da quadrilha, que também está preso, era dono de uma joalheria em São Paulo. Era ele quem encomendava e financiava os roubos. Quando recebia os relógios, mandava para outros países na África e na América do Sul, para adulterar a identificação dos produtos e, então, poder revendê-los.