Polícia descobre esquema para afrouxar a tornozeleiras eletrônicas no Rio
Agente penitenciário cobrava propina de até R$ 30 para realizar o serviço
SBT News
Foi descoberto no Rio de Janeiro um esquema de propina para afrouxar a tornozeleira eletrônica de pessoas condenadas pela Justiça.
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A advogada Simone Pontes de Melo foi detida no estacionamento de um shopping na Barra da Tijuca. Condenada a 14 anos de prisão por matar o marido, ela cumpria pena em regime semiaberto, mas a tornozeleira eletrônica que ela deveria usar estava guardada como se fosse maquiagem dentro da bolsa dela.
O inquérito da Delegacia de Repressão a Entorpecentes descobriu que a advogada negociou com o agente penitenciário Douglas Reis de Andrade. Em depoimento, Simone disse que, da forma que a tornozeleira foi instalada por Douglas, ela conseguia retirá-la com facilidade. Ela falou ainda que o agente pediu que a advogada indicasse outros presos.
O valor cobrado pelo agente público para afrouxar o equipamento girava entre R$ 20 mil e R$ 30 mil por pessoa. A prisão da advogada com a tornozeleira na necessaire levou a Polícia Civil e a Secretaria de Administração Penitenciária a descobrirem um esquema criminoso ainda maior. Os registros de movimentação da Seap indicam que centenas de condenados passam o dia com os equipamentos completamente parados.
Em imagens na internet, presos mostram como funciona a retirada da tornozeleira. A suspeita é que os equipamentos estejam sendo pendurados em cachorros, em outros animais, para enganar o sistema de segurança. Até um galo foi usado por um preso para burlar o sistema.
O agente Douglas Reis de Andrade foi afastado da função na Seap. Simone prestou depoimento e foi liberada com uma nova tornozeleira. Diante dos fatos, a Justiça determinou que a advogada volte para a cadeia. Mas um novo problema surgiu desta vez. O sinal da tornozeleira desapareceu e ela também.
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