Ucrânia evacua moradores de áreas próximas à usina nuclear de Zaporizhzhia
Cenário é considerado de "extrema preocupação" em meio ao aumento da atividade militar no local

Camila Stucaluc
Mais de 1,6 mil ucranianos, incluindo 660 crianças, foram evacuados de áreas próximas à usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul do país. A ação acontece após o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, expressar, novamente, "profunda preocupação com as condições cada vez mais tensas e desafiadoras" na usina, que vem registrando um aumento da presença e atividade militar.
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Segundo o diretor, especialistas da agência que estão na usina continuam ouvindo bombardeios regularmente. Para tentar garantir a segurança, o grupo desligou os seis reatores do local, enquanto o restante dos equipamentos são mantidos de acordo com as normas de segurança nuclear necessárias.
"A situação geral está se tornando cada vez mais imprevisível e potencialmente perigosa. Estou extremamente preocupado com os riscos reais de segurança nuclear que a usina enfrenta. Temos de agir agora para evitar a ameaça de um grave acidente nuclear e as consequências que lhe estão associadas. Esta importante instalação nuclear, a maior da Europa, precisa ser protegida", disse Grossi.
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O líder da agência atômica afirmou ainda que continua pressionando as autoridades para implementar uma zona neutra ao entorno da usina - atualmente ocupada por russos. Em abril, Grossi visitou a infraestrutura e encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se disse a favor da proposta. A expectativa é que o plano seja apresentado, em breve, para o líder russo, Vladimir Putin.