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Guardas teriam forjado cena de crime em morte de adolescente

Jovem de 17 anos foi baleado na mão e na nuca. Agentes alegaram que ele estava com faca dentro do boné

Imagem da noticia Guardas teriam forjado cena de crime em morte de adolescente
Jovem branco, de camiseta preta, posando para foto tipo selfie
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Novos detalhes foram descobertos no caso do adolescente Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos, que morreu durante uma abordagem de Guardas Municipais, em Curitiba (PR). Um dos acusados prestou depoimento e relatou que os companheiros de farda forjaram a cena do crime.

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Em depoimento inicial, os três guardas envolvidos na morte do jovem relataram que dispararam contra a vítima pois ele supostamente estava com uma faca de 25 centímetros dentro do boné. Caio foi baleado na mão e na nuca pelos agentes.

Essa informação foi colocada em dúvida após divulgação de imagens de câmeras de segurança que mostram Caio correndo, sem camisa, e sendo perseguido pelos agentes. Não há indício algum que ele estivesse armado e as câmeras nas fardas, que deveriam estar filmando desde o início da ação, não foram acionadas.

Na tarde de 2ª feira (03.abr), dois dos agentes envolvidos na morte do adolescente se apresentaram na delegacia, mas nenhum deles prestou depoimento ao delegado, sob orientação do advogado. O terceiro guarda envolvido na perseguição já havia prestado depoimento e relatou que Caio não foi morto em confronto.

Segundo o depoimento do guarda, os dois companheiros que optaram por permanecer em silêncio forjaram um crime. Ele entregou seus companheiros e relatou que a faca foi plantada para justificar os disparos, que teriam sido acidentais.

Essa versão reforça o depoimento de uma testemunha, que alegou que a faca não estava em posse de Caio, sendo colocada ao lado do corpo após os disparos. Mesmo com a confissão do colega de trabalho, a defesa dos dois guardas reforçam que os agentes agiram em legítima defesa.

Os guardas seguem afastados e com o porte de arma suspenso até o fim do inquérito. Eles devem responder por fraude processual e, um deles, por homicídio culposo.

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