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Crianças são amarradas e torturadas no centro de São Paulo

Policiais passaram pelo local na hora do crime e prenderam três pessoas

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Distrito Policial
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Três pessoas foram presas e um menor apreendido, acusados de torturar três crianças no centro de São Paulo. Policiais ouviram gritos de socorro e resgataram os meninos de 8, 9 e 11 anos, que estavam amarrados e apanhando dentro de uma loja de bebidas.   

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Incomodados com as brincadeiras dos meninos, três homens e um adolescente de 16 anos decidiram aplicar um castigo nas crianças. Dentro da adega, os funcionários obrigaram as crianças a tirar a roupa e a urinar ali mesmo, todas juntas. Pra completar, os criminosos amarraram os meninos e decidiram arrastá-los para o lado de fora e amarrá-los - sem roupa - a um poste.

Foi nessa hora que dois policiais civis, que passavam pelo local, ouviram os gritos de socorro dos três. "Duas das crianças eram filhos de um funcionário da adega, mas ele não tava ali naquele momento, eles moram todos ali próximo", afirma a delegada Maria Cecília Dias.

Gilvanei Jesus de Oliveira, de 24 anos, e Matheus da Silva Dias, de 22, foram presos em flagrante por tortura. A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois, que estão sujeitos a uma pena de 2 a 10 anos de prisão. O dono da adega, Waldiney Cezar Ciríaco de Lima, de 20 anos, foi indiciado por tortura indireta pela omissão. Ele não fez nada para impedir o crime, pagou fiança de R$ 1.500 e foi liberado. O adolescente foi mandado para a Fundação Casa.

A mãe do menino de 9 anos, disse que o filho não quer sair de casa: "ele está psicologicamente abalado, ele chora, ele não quer ir pra escola. Bateram nele, deram soco, deram tapa nele, amarraram ele, deixaram ele nu, sabe, ele tá muito mal".

Para a polícia, os criminosos disseram que tudo não passou de uma brincadeira, como se houvesse justificativa pra uma história como essa.

"Eu acho que uma situação dessa não tem motivação, é uma tortura, é um crime bem grave que prevê uma pena bem alta, e eu acho que isso não tem nenhum tipo de explicação", diz a delegada.

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