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Empresário acusado pela morte de chefe do PCC é transferido para São Paulo

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi levado para presídio que não é controlado pela facção

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antonio vinicius gritzbach
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Foi transferido para São Paulo, nesta 4ª feira (1°.mar), o homem acusado de mandar matar o traficante Anselmo Santa Fausta, apontado como um dos principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do país.

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O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi preso no início do mês passado em um hotel de luxo na Bahia. Um forte esquema de segurança - como há muito tempo não se via - foi montado para a escolta dele.

Preso em Salvador há quase um mês, o empresário foi trazido para São Paulo de avião. Do lado de fora do aeroporto de Congonhas, nove viaturas, entre elas um blindado, aguardavam pelo preso, que está jurado de morte pelo PCC.

O empresário é acusado de ser o mandante do assassinato do traficante Anselmo Santa Fausta, homem forte da facção. O crime aconteceu em 27 de dezembro de 2021, na zona leste da capital paulista. Anselmo e um parceiro do PCC, Antonio Corona Netto, conhecido como "Sem Sangue", foram alvos de uma emboscada. Os dois morreram na hora.

Segundo o Ministério Público, Anselmo foi morto porque teria cobrado Antônio Vinicius por um investimento em criptomoedas que não deu certo e provocou um prejuízo milionário. O empresário, segundo a polícia, era responsável por lavar o dinheiro de traficantes da facção. O atirador, o ex-presidiário Noé Alves, foi morto e esquartejado dias depois pelo PCC. 

Depois de uma audiência de custódia, Antônio Vinicius foi levado, ainda sob forte escolta, para a sede do departamento de homicídios. Para preservar a imagem do empresário, um policial do DHPP tomou o celular e empurrou o produtor Robinson Cerântula, do SBT.

Em seguida, ele foi transferido para o presídio de Tremembé, no interior do estado, uma das poucas unidades que não é controlada pelo PCC.

O Ministério Público quer que o empresário responda preso ao processo no tribunal do júri de São Paulo sobre a morte do traficante do PCC. A Justiça marcou a primeira audiência de julgamento para o dia 28 de abril.

O agente penitenciário David Moreira da Silva também é acusado do crime. Ele trabalhava para o empresário e teria contratado o pistoleiro. David também tentou fugir, mas acabou preso em Alagoas, há duas semanas.

segundo a defesa de Antonio Vinicius Gritzbach, o crime não está solucionado. O advogado do empresário disse que tudo será esclarecido durante o processo.

Sobre o empurrão sofrido pelo produtor do SBT, o DHPP informou que lamenta a abordagem ao profissional e que o agente envolvido foi devidamente identificado e advertido.

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