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Terras indígenas são devastadas pelo garimpo ilegal

Povos Kayapó e Munduruku são os mais afetados

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O drama da aldeia Yanomami escancara o descaso com o meio ambiente e o avanço criminoso contra outras reservas indígenas. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, o Imazon, o garimpo ilegal é ainda mais intenso nas terras dos povos Kayapó e Munduruku.

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Ameaças de garimpeiros, contaminação de rios, escassez de peixes. O desrespeito contra os indígenas vai muito além das terras dos Yanomami. Lideranças Kaiapó também denunciam invasões de criminosos, que já dominam regiões no entorno das aldeias.

O território baú fica em Altamira, no sudoeste do Pará. Os indígenas dizem que o mercúrio usado na mineração ilegal já compromete os rios da região. As denúncias são confirmadas pelo Imazon e imagens de satélite mostram a expansão da atividade ilegal nos últimos 2 anos.

A situação dos Yanomami foi denunciada em 2022, em relatório sobre os ataques de invasores, mas os crimes ambientais só avançaram, lembram os pesquisadores. Eles pedem a ação de uma força tarefa também nos outros territórios, que são ainda mais atingidos pelo garimpo ilegal, e que se verifique a situação das comunidades mais isoladas.

"O primeiro passo é remover toda e qualquer atividade ilegal que tá ocorrendo dentro das terras indígenas, né? [...] A Funai tem que tá presente, o Ibama tem que tá presente nessas áreas pra cobrir as atividades ilegais", diz o pesquisador do Imazon, Luís Oliveira Júnior.

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