Mesa, frigobar e TV: conheça sala onde Anderson Torres está preso
Ex-ministro, que está detido em um batalhão da PMDF, também pediu atendimento psicológico
Um relatório de providências escrito pela juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, traz detalhes de como é o espaço em que o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres está preso desde sábado (14.jan).
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Torres, que também é ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e delegado de Polícia Federal, encontra-se em uma sala de Estado-Maior no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop) da Polícia Militar do Distrito Federal. O corredor foi isolado e conta com um policial em guarda, 24 horas por dia, para controle de entrada.
"A porta principal dá acesso a uma sala de reuniões, composta por um sofá em péssimo estado de conservação (assento rasgado) e uma mesa, com quatro cadeiras. Há uma alojamento adjacente, composto por uma antessala, em que há apenas um frigobar. Dentro dessa antessala, há um alojamento com banheiro que mede cerca de 1,5mx2,5m, com dois armários abertos e uma beliche, onde ele dorme", diz o relatório.
A sala de Estado-Maior onde está Torres não possui cozinha ou copa para o preso. A juíza autorizou a entrada de micro-ondas e aparelho de TV. Considerando "a ausência de fornecimento de refeições", ela também permitiu o recebimento diário, pelo ex-secretário, de refeições encaminhadas por advogados ou familiares.
Psicólogo
"O custodiado solicitou atendimento psicológico e, de imediato, determinei que o Comando do Bavop, por intermédio do NCPM, mantivesse contato com a Gerência de Saúde Prisional para disponibilizar o atendimento. Orientei a todos quanto ao cumprimento das regras relacionadas à custódia de pessoas presas pela PMDF. Inspecionamos o local destinado ao banho de sol, prática de atividades físicas, os quais se mostraram compatíveis", acrescenta a juíza.
Anderson Torres permaneceu calado em seu depoimento à Polícia Federal, na 4ª feira (18.jan). Ele está preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de prisão, expedido pela PF, apontou omissões do ex-secretário na segurança da Esplanada durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
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