"Plano de paz deve incluir regiões ucranianas anexadas", diz Kremlin
Fala vai contra exigência de Kiev de restabelecer a integridade territorial do país
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, voltou a insistir, nesta 4ª feira (28.dez), que o "plano de paz" sobre a Ucrânia deve incluir as quatro regiões anexadas por Moscou. Assim como outras autoridades russas, o político rejeitou as exigências anunciadas por Kiev, que incluem a retirada das tropas e a integridade territorial do país.
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"Não pode haver plano de paz para a Ucrânia que não leve em conta as realidades de hoje em relação ao território russo, com a entrada de quatro regiões na Rússia. Qualquer plano que não leve em conta essas realidades não podem ser pacíficos", disse Peskov.
A declaração se refere às regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, que foram anexadas pela Rússia em outubro. A atividade, considerada ilegal pela comunidade internacional, oficializa a incorporação de 18% do território vizinho a Moscou, que já contava com o domínio da Crimeia desde 2014.
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Mais cedo, Peskov também comentou sobre a iniciativa da Ucrânia de realizar uma cúpula de paz até fevereiro, que pretende contar com a mediação do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres,. Segundo o porta-voz, "não há nenhum plano de paz ucraniano até o momento".