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Descontrolada, cliente agride entregador em prédio no DF

Mais um trabalhador foi alvo de xingamentos de moradores. Mulher se irritou porque rapaz não subiu ao apartamento

Imagem da noticia Descontrolada, cliente agride entregador em prédio no DF
Mulher de óculos, descontrolada, gritando com motoboy na porta de prédio
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O Distrito Federal registrou mais um caso de agressão a um entregador, desta vez em um condomínio de prédios em Ceilândia (DF). É o quarto caso, ao menos divulgado, que é registrado no Distrito Federal. Este último foi registrado na 6ª feira (16.dez). 

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Desta vez, o trabalhador foi agredido e xingado por uma moradora que se irritou porque o rapaz não quis subir até o apartamento. Os entregadores, de acordo com a plataforma de aplicativo que fornece o serviço, não são obrigados a cumprir essa função, salvo exceções. 

No prédio em Ceilândia, o motoboy Caio Rocha aguardou a cliente descer para entregar o pedido. Quando a mulher foi receber o pacote na portaria, começou a discutir, terminando em agressões verbais e físicas contra o trabalhador. 

A polícia foi acionada e Caio, que está no ramo há dois anos e meio, registrou um boletim de ocorrência. A mulher, por outro lado, culpou a plataforma pelo mal-entendido, afirmando que pagou R$ 20 para que o pedido fosse entregue no imóvel. Ela considerou que se "excedeu". 

A agressão a Caio é a quarta situação de agressão a trabalhadores ocorrida só em dezembro. Todas as confusões e agressões foram causadas pelo mesmo motivo: a exigência de clientes para que os entregadores levassem os pedidos diretamente na porta dos apartamentos. 

Em 2023, a Associação dos Motofretistas Autônomos e Entregadores de Aplicativo do Distrito Federal e entorno (AMAE) vai adotar medidas para acabar com os conflitos sobre as responsabilidades do entregador. Um ponto foi definido: por conta do medo e da violência, os motoboys decidiram que não sobem mais até os apartamentos. 

A classe, em todos os casos, se mobilizou e protestos foram realizados após os quatro episódios de agressões. Segundo o iFood, a plataforma mais conhecida, não existe a obrigatoriedade de o entregador subir até os imóveis, orientando que os clientes desçam para receber os pedidos. 

Enquanto isso, os trabalhadores, já penalizados pela precariedade e riscos, seguem com a insegurança e o temor de ser alvos de clientes descontrolados. 

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