Motorista de aplicativo é baleado por PM no Rio de Janeiro
Polícia diz que o tiro foi acidental, mas a família da vítima nega
Liane Borges
Um motorista de aplicativo foi baleado por um policial militar, no Rio de Janeiro. A PM afirma que o disparo foi acidental, mas a família da vítima e o passageiro negam.
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Um único tiro atravessou a porta do carro e atingiu a barriga do motorista de aplicativo. O passageiro foi ferido levemente por estilhaços. Ele conta que o policial atirou sem motivo: "O rapaz simplesmente levantou a mão. Ele: 'porque o senhor fez isso? por que o senhor fez isso?' E caiu. Eu levantei minha mão pro alto e falei: 'mas vocês estão atirando por causa de quê?' Aí, foi quando eu ouvi ele falando com o outro policial: 'fiz m...'".
Imagens feitas por testemunhas mostram o motorista, Diego da Cunha Abreu, de 35 anos, caído no chão.
Segundo a Polícia Militar, agentes da Unidade da Comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, faziam patrulhamento e tentaram abordar um carro. Foi neste momento que aconteceu o disparo. Já o passageiro disse que a viatura estava com a sirene desligada e que nenhum agente deu ordem de parada. A vítima foi baleada quando fazia um retorno.
Diego foi levado por PMs para o hospital, passou por uma cirurgia e segue internado com quadro de saúde estável.
A PM informou que instaurou um procedimento interno para esclarecer o que aconteceu. O policial militar que atirou em Diego prestou depoimento em uma delegacia e foi liberado. A arma dele vai passar por uma perícia.
A mulher do motorista contou que o PM se desculpou, dizendo que o disparo foi acidental.
"Eles disseram que ele tinha furado uma blitz e que o policial ficou nervoso e deu um tiro acidentalmente nele, que, aí, o dedo dele escapuliu e ele deu o tiro. Só que, como que dá um tiro acidental e acerta justamente a porta do motorista, né?".
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