Putin acusa ucranianos de planejarem ataque contra própria população
Em reunião com países da antiga União Soviética, presidente russo afirmou que a Ucrânia é uma "arma" dos EUA
SBT Brasil
A Rússia testou nesta 4ª feira (26.out) a própria capacidade de impedir possíveis ataques nucleares. Os exercícios costumam acontecer todos os anos, no entanto, por causa da invasão na Ucrânia, o evento deste ano chamou ainda mais a atenção do mundo.
O treinamento foi supervisionado, de forma virtual, pelo próprio presidente russo Vladimir Putin que, na sequência, participou de uma reunião com diplomatas de países vizinhos, que já foram parte da antiga União Soviética.
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"Nossas nações nunca sofreram ameaças tão complexas", alertou Putin, se referindo ao que chamou de "interferências externas". O líder russo também afirmou que a Ucrânia é uma "arma" dos Estados Unidos e, sem provas, repetiu as acusações dos próprios ministros, de que ucranianos estariam planejando o uso da chamada "bomba-suja" contra a própria população.
"Isso é um absurdo. É uma desculpa para que a Rússia lance esse tipo de arma", reagiu o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg.
Em Washington, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos continuam observando os movimentos do exército russo na Ucrânia, e que Vladimir Putin foi avisado, mais uma vez, sobre as consequências caso utilize armamento nuclear contra a população do país invadidos.
Ainda nesta 4ª feira, a Rússia devolveu para a Ucrânia o corpo de Joshua Jones; o norte-americano de 24 anos havia viajado ao país para combater ao lado dos ucranianos.
No mesmo dia, um posto de combustível foi destruído por um míssil, em Dnipro. Duas pessoas morreram. Os estragos na rede de infraestrutura continuam preocupando o governo ucraniano, que pediu aos refugiados que não voltem até o fim do inverno. A estação, que começa em dezembro, costuma registrar temperatura de até - 10 °C no país, onde um terço da rede de energia foi destruída pelo exército russo.
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