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Jornalismo

No tabuleiro do crime, miliciano do RJ está prestes a cair

Investigação aponta que Tandera, enfraquecido, pode delatar políticos que teriam feito acordos com ele

Imagem da noticia No tabuleiro do crime, miliciano do RJ está prestes a cair
Criminosos armados com fuzis e encapuzados, de roupas totalmente pretas
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Como um jogo de xadrez, as investigações que miram milicianos e o combate ao crime organizado no Rio de Janeiro estão próximas do "xeque-mate". O alvo e a queda iminente visa Danilo Dias Lima, conhecido como "Tandera", um dos maiores líderes da milícia no estado. 

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O SBT teve acesso com exclusividade aos bastidores da investigação da Polícia Civil. As apurações apontam que comparsas de Tandera já criaram uma nova quadrilha, na Baixada Fluminense. Segundo a polícia, o combate ao novo grupo é semelhante ao xadrez: a melhor estratégia é a paciência. 

Antes dominada por Tandera, as comunidades do Valverde e Cabuçu, em Nova Iguaçu, agora são dominadas por Gilson de Souza Júnior, conhecido como "Juninho do Varão". Ele era peça importante nos ataques do miliciano a grupos rivais. No entanto, com o enfraquecimento de Lima, assumiu a exploração de serviços ilegais, além de extorquir dinheiro dos moradores. 

Delação no radar após miliciano enfraquecido

Juninho teria ficado com cerca de 80 fuzis, que seriam de Tandera, e chefia uma nova milícia. A mudança no tabuleiro ressoou na prisão de Bangu. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, 52 presos ligados ao miliciano pediram transferência para a ala de detentos sem facção. 

A inteligência da polícia prevê que, sem apoio dentro e fora da cadeia, Tandera pode fazer uma delação. No relato, estariam políticos da Baixada que teriam feito acordos com o criminoso. 

O irmão do miliciano, Delson Lima Neto, o "Delsinho", foi flagrado com outros milicianos, reunidos com o atual prefeito de Seropédica, Professor Lucas. Delson morreu durante uma operação em Nova Iguaçu, em agosto. 

Com Tandera enfraquecido, ainda mais pela morte do irmão, rivais avançaram no tabuleiro. A maior milícia do Rio, comandada por Luiz Antonio da Silva Braga, o "Zinho", tem atacado áreas até então dominadas por Lima. Zinho controla, atualmente, boa parte da zona oeste. O bando tem planos para expandir o controle em regiões na Baixada Fluminense, de acordo com as investigações. 

Além da movimentação dos criminosos paramilitares, as poucas peças ainda aliadas a Tandera são sufocadas por integrantes do Comando Vermelho. A polícia busca saber se o tráfico expulsou a milícia e reassumiu o controle da comunidade do Grão-Pará, em Nova Iguaçu. 

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