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Filha de 'guru' de Putin é velada em Moscou; Rússia promete retaliação

Kremlin acusa a Ucrânia pelo atentado que matou Darya Dugina no último sábado (20.ago). O país nega envolvimento

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Alexander Dugin discursa durante funeral de sua filha, Darya Dugina, morta em um atentado
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Centenas de pessoas se reuniram em Moscou, na Rússia, nesta 3ª feira (23.ago), para se despedir de Darya Dugina, filha do pensador russo ultranacionalista, Alexander Dugin, "guru" de Putin. 

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Darya Dugina foi assassinada no último sábado (20.ago) por um dispositivo explosivo de controle remoto colocado em seu carro. A arma foi ativada enquanto ela dirigia, destruindo o veículo e matando-a no local, disseram autoridades russas. Moscou acredita que o atentado tinha como alvo Alexander, apoiador da decisão do presidente russo Vladimir Putin de enviar tropas para a Ucrânia, e o atribui à inteligência ucraniana. A mídia russa citou testemunhas dizendo que o SUV pertencia a ele.

Em discurso, durante o funeral, que foi transmitido pela emissora estatal do país, Alexander Dugin disse com a voz embargada que sua filha, uma comentarista de um canal de TV nacionalista russo, "morreu pelo povo, morreu pela Rússia".

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"O enorme preço que temos que pagar só pode ser justificado pela maior conquista, nossa vitória", disse Dugin. "Ela viveu por causa da vitória e morreu por causa da vitória. Nossa vitória russa, nossa verdade, nossa fé ortodoxa, nosso estado".

O carro-bomba, incomum para Moscou desde as turbulentas guerras de gangues da década de 1990, desencadeou pedidos de nacionalistas russos para responder aumentando os ataques à Ucrânia. A Ucrânia negou qualquer envolvimento no atentado.

Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, reafirmou na 2ªfeira (22.ago) que o país não teve qualquer envolvimento no atentado, dizendo "nossos serviços especiais não têm relação com isso".

Leonid Slutsky, chefe do Comitê de Relações Exteriores da Duma Federal, Câmara baixa do parlamento russo, participou da cerimônia de despedida de Dugina, e indicou que o assassinato teria repercussões no conflito que perdura por seis meses. 

* Com informações da Associated Press

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