EUA criticam Rússia por "deportações forçadas" de ao menos 900 mil ucranianos
Secretário de Estado dos EUA acusou Moscou de enviar ucranianos para regiões inóspitas do território russo
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, acusou Moscou de cometer "crime de guerra" ao deportar à força 900 mil a 1,6 milhão de cidadãos ucranianos para cidades na Rússia.
Em comunicado publicado na 4ªfeira (13.jul), Blinken citou evidências crescentes de que as autoridades russas estão detendo, torturando ou "desaparecendo" com milhares de civis ucranianos que a Rússia considera uma ameaça por causa de seus possíveis laços com o exército ucraniano, mídia, governo ou grupos da sociedade civil. Alguns ucranianos, segundo relatos, foram sumariamente executados.
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"As ações de Moscou parecem premeditadas e atraem comparações históricas imediatas com as operações de ?filtragem? russas na Chechênia e em outras áreas", disse a autoridade dos EUA. "As operações de ?filtragem? do presidente (Vladimir) Putin estão separando famílias, confiscando passaportes ucranianos e emitindo passaportes russos em um aparente esforço para mudar a composição demográfica de partes da Ucrânia."
Blinken alertou que muitos dos deportados, incluindo 260 mil crianças, foram enviados para regiões inospitas da Rússia, com o objetivo de dificultar o retorno, e instou o Kremlin a libertar os detidos. "As autoridades russas devem libertar os detidos e permitir aos cidadãos ucranianos removidos à força ou coagidos a deixar seu país a capacidade de retornar para casa com rapidez e segurança", escreveu.
O Secretário finalizou o comunicado afirmando que Putin e seus aliados serão punidos pelos crimes.
"O presidente Putin e seu governo não poderão se envolver nesses abusos sistemáticos com impunidade. A responsabilidade é imperativa", disse Blinken. "Os Estados Unidos e nossos parceiros não ficarão em silêncio. A Ucrânia e seus cidadãos merecem justiça."
* Com informações da Associated Press
