Operação prende policiais suspeitos de ajudar milicianos no RJ
Em troca, os acusados recebiam presentes e vantagens financeiras
SBT Brasil
Oito pessoas foram presas durante uma operação contra a maior milícia do Rio de Janeiro. Entre os alvos, estão policiais suspeitos de ajudar a organização criminosa.
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O capitão da Polícia Militar Pedro Nunes Barbosa parecia acima de qualquer suspeita. No entanto, é acusado de fazer parte de uma quadrilha que atuava dentro da PM e do sistema prisional do Estado para favorecer um grupo de milicianos. "Eles manipulavam o policiamento para auxiliar no deslocamento de integrantes da própria organização criminosa e fazer cercos a milicianos rivais e grupos de traficantes, utilizando-se de um verdadeiro cinturão", afirmou o delegado Thiago Neves em entrevista ao SBT.
Em troca, os acusados recebiam vantagens, inclusive financeiras. "Eram trocados agrados e presentes que configuravam uma relação promíscua e, portanto, ilícita em razão da atividade de monitoramento exercida", completou a delegada Thaianne Moraes.
O bando, por sua vez, atua em bairros da zona oeste da cidade, e já foi liderado por Wellington da Silva Brava, o Ecko, morto durante uma ação policial em 2021. Agora, a quadrilha está sob comando do irmão dele, Luiz Antonio da Silva Braga, o Zinho.
Os criminosos de farda incluíam líderes da quadrilha em grupos de mensagens por aplicativos formados por agentes de segurança. Assim, os milicianos obtinham informações privilegiadas. Na operação, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa da delegada Ana Lúcia da Costa Barros, que é casada com o policial penal André Guedes Batalha. O homem também foi preso. "Realizava consultas por meio dos sistemas da Polícia Civil, utilizando-se da senha de uma delegada de polícia com a qual ele é casado. Ele enviava [o material] para os milicianos", disse Neves.
Já na casa do policial Alcimar Badaró Jaques, o Badá, foi apreendido um arsenal, além de jóias em ouro e um celular.
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