Família acusa cemitério de Osasco de descaso; corpo foi entregue amarrado
Pais descobriram das condições do corpo depois de pedirem para abrir caixão lacrado
Primeiro Impacto
Além da dor da perda, um casal de Osasco, na Grande São Paulo, precisou lidar com o descaso do serviço público funerário em sua última despedida a Luís Eduardo de Morais Pereira, vítima de um traumatismo craniano em 25 de abril. Carlos Pereira e Marisa de Moraes Pereira denunciam o serviço municipal depois do corpo do filho ter sido colocado dentro do caixão nu, de bruços, enrolado em sacos de lixo, com os pés amarrados e com luvas descartáveis jogadas em cima do corpo.
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A família alega que seguiu todas as orientações, entregou até mesmo roupas novas do falecido para que ele fosse vestido para o sepultamento. No entanto, no dia 26 de abril, quando esperavam o corpo para velá-lo, veio uma surpresa ingrata. O caixão chegou pela porta dos lados e era levado direto para uma cova do cemitério Santo Antônio, o que causou estranheza na família, que abordou o motorista funerário. Ele disse que estava com ordens para enterrar sem velório. Uma amiga da família pediu que abrissem o caixão para uma última despedida e foi aí que o descaso ficou claro e as condições nas quais o corpo foi colocado no caixão foram reveladas. Uma amiga da família e líder comunitária filmou e denunciou todo o ocorrido nas redes sociais.
Questionada pelo SBT, a Prefeitura de Osasco alegou que como o corpo estava em caixão lacrado pelo Instituto Médico Legal (IML), a responsabilidade é do governo do Estado. Também se solidarizou pelo ocorrido.
A família de Luís Eduardo registrou um boletim de ocorrência e pretende entrar na Justiça contra os envolvidos no episódio. Para eles, o filho não teve o velório que merecia e foi vítima do descaso público. "isso não faz com ninguém não, não se faz nem com cachorro.", lamentou Carlos Pereira, pai do jovem.