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Ocupação de Chernobyl por tropas russas foi 'muito perigosa', diz ONU

Desastre na usina nuclear completa 36 anos nesta 3ªfeira (26.abr)

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Chernobyl
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Em visita a Chernobyl para marcar 36 anos desde o desastre nuclear que expôs 8,4 milhões de pessoas à radiação, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, comentou sobre a atual situação da usina nuclear depois da ocupação russa durante a guerra na Ucrânia. De acordo com Grossi, "há muito trabalho a ser feito"

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"Temos que avaliar a situação. Temos que fazer alguns reparos para que possamos restaurar a conectividade que tinhamos com Viena, para que possamos fornecer boas informações ao povo ucraniano e ao resto do mundo.", continuou. No país com outros especialistas em segurança nuclear da AIEA, Grossi também deve visitar as zonas de exclusão - municípios evacuados após o desastre de 1986 - para checar os níveis de radiação. 

Segundo autoridades ucranianas, dos 15 reatores presentes nas quatro usinas nucleares, sete estão ligados ao sistema e funcionando, dois se encontram na Usina Nuclear de Zaporizhzhya, controlada pela Rússia. Oito reatores foram desligados para manutenção ou reserva. Ainda de acordo com a Ucrânia, os sistemas de segurança permanecem operacionais nas quatro centrais nucleares e também continuam a ter energia externa disponível.

Desde o início do conflito no final de fevereiro, o diretor-geral Grossi expressou grande preocupação com a segurança das instalações nucleares da Ucrânia. Vários pilares indispensáveis para garantir a segurança desses reatores foram descumpridos nos últimos dois meses, alertou a AIEA. Em março, por exemplo, a central nuclear de Chornobyl perdeu as comunicações externas e a energia externa, forçando-a a depender de geradores a diesel de emergência por vários dias.

O controle da usina foi retomado pelo exército ucraniano em 1º de abril, depois que tropas russas deixaram as instalações.

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