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Jornalismo

Parentes procuram tripulação desaparecida de navio russo Moskvá

Cruzador afundou após ser atingido por mísseis ucranianos

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Yegor Dmitrievich Shkrebets, um dos tripulantes desaparecidos do Moskva
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Familiares da tripulação do cruzador antimísseis russo Moskvá, que afundou na última 5ª feira (14.abr), estão usando as redes sociais para exigir notícias dos desaparecidos. Principal navio da Frota Russa do Mar Negro, o Moskvá, segundo a Rússia, afundou após explosões na cozinha. Autoridades ucranianas dizem que o navio foi atingido por mísseis.

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Dmitry Shkrebets não se importa sobre como aconteceu, apenas que seu filho, Yegor Dmitrievich Shkrebets, está desaparecido desde então. Em um desabafo publicado na rede social VKontakte, ele exigiu um posicionamento do Ministério da Defesa russo sobre o paradeiro do filho marinheiro. 

Foto tirada dois dias antes das explosões que provocaram o náufrago do Moskva
Foto tirada dois dias antes das explosões que provocaram o náufrago do Moskva | Reprodução/Vkontakte

Na publicação feita em 17 de abril, Shkrebets conta que Yegor foi convocado para o serviço militar da cidade de Yalta em julho de 2021, e que, após um curso, foi recrutado para servir na posição de 'cozinheiro do navio' no Moskva, onde estava na noite do náufrago. Shkrebets questiona o relatório oficial divulgado pelo Ministério da Defesa russo que afirma que todos os tripulantes foram evacuados. "Meu filho é um recruta, como fui informado pelos comandantes imediatos do cruzador Moskva, ele não está entre os mortos e feridos e está incluído na lista de desaparecidos.", e continua, "um recruta que não deveria participar das hostilidades está listado como desaparecido. Sumiu em alto mar?!!!". Ainda segundo o relato, Shkrebets passou a ser ignorado pelas autoridades oficiais depois de diversas tentativas suas de esclarecer os fatos.

O desabafo o colocou em contato com outras famílias que teriam parentes desaparecidos no navio. Conforme compartilhou no dia 18 de abril, três famílias de Yalta, Alupka e São Petersburgo se juntaram a ele e, juntos, escreveram um pedido de esclarecimento ao escritório de alistamento militar para exigir 'respostas escritas às nossas perguntas sobre a localização de nossos filhos, e não SMS com fotos". Após a publicação, uma das famílias foi informada, por meio de uma declaração ao escritório de registro e alistamento militar, que o recruta do qual estavam a procura havia morrido. 

Recruta declarado morto após indagações da família sobre seu paradeiro
Recruta declarado morto após indagações da família sobre seu paradeiro | Reprodução/VKontakte

O número de mortos é de no mínimo 40, afirmou a mãe de um sobrevivente ao jornal independente russo Novaya Gazeta. Sob condição de anonimato, ela relatou o telefonema que recebeu do filho um dia após a notícia do náufrago. O recruta confirmou que o navio havia sido atacado por mísseis e que muitos ficaram feridos e outros morreram. O tablóide britânico The Guardian também trouxe uma reportagem com Yulia Tsyvova, mãe de um recruta de 19 anos declarado morto na 2ªfeira (18.abr) pelo Ministério da Defesa russo. Emocionada, ela contou ao jornal que soube somente de sua morte, "Eles não me disseram mais nada, nenhuma informação sobre quando seria o funeral."

 A mídia estatal russa, assim com o governo, até agora lamentou apenas a destruição do cruzador, enquanto informações sobre os marinheiros mortos permanecem sob sigilo. 

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