Prefeitura de Mariupol acusa russos de instalarem crematórios móveis

A prefeitura de Mariupol, na Ucrânia, divulgou, na tarde de 4ª feira (6.abr), um comunicado denunciando o exército russo de instalar crematórios móveis na cidade para se desfazer dos corpos de civis mortos. A ação, segundo as autoridades, seria para "encobrir os vestígios de crimes de guerra" cometidos contra moradores locais.

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"Dezenas de milhares de civis de Mariupol podem ter sido mortos pelo exército russo e é por isso que Moscou não tem pressa em dar luz verde à missão da Turquia e outras iniciativas para resgatar e evacuar completamente a cidade. Os russos transformaram a cidade em um campo de extermínio. A analogia está ganhando cada vez mais terreno", diz o texto.

As autoridades também afirmaram que os soldados da Rússia recrutaram terroristas locais e de forças especiais de Donetsk para coletar e se desfazer dos corpos das vítimas. O número de mortos, de acordo com o prefeito Vadym Boichenko, já chega a 5 mil, incluindo 210 crianças. 

Para tentar conter a agressão contra os civis, o país está trabalhando em evacuações por meio de corredores humanitários. Os contínuos conflitos armados, no entanto, permanecem dificultando os trabalhos de locomoção. 

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A denúncia de Mariupol acontece poucos dias após o governo ucraniano acusar Moscou de terrorismo e crimes de guerra, uma vez que centenas de corpos de civis foram encontrados em valas e espalhados por cidades ao redor de Kiev, capital, antes ocupadas pelas tropas russas. Apesar da alegação, o Kremlin nega ter atacado civis e diz que, assim como as autoridades locais, instalará uma investigação para analisar a situação.

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