Membros da ONU acusam Rússia de provocar crise alimentar global
Ofensiva na Ucrânia impacta principalmente as exportações de grãos no Oriente Médio e norte da África
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Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) acusaram, na noite de 3ª feira (29.mar), a Rússia de provocar uma crise alimentar global devido à ofensiva na Ucrânia. Segundo o grupo, o cenário de fome pode agravar-se caso o conflito militar não seja interrompido rapidamente, uma vez que ambos os países são produtores e importadores de grãos.
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"Esse conflito ameaça piorar ainda mais as coisas nas maiores crises humanitárias do planeta, como as do Afeganistão, Iêmen e Chifre da África", afirmou a secretária-geral adjunta da ONU para assuntos humanitários, Joyce Msuya. "Esses países já estão lutando contra a fome, a fragilidade de suas economias, o aumento do preço dos combustíveis, dos fertilizantes, que afetarão severamente colheitas atuais e futuras", completou.
A declaração foi reforçada pelo embaixador da França na ONU, Nicolas de Rivière, que argumentou que "a agressão da Rússia contra a Ucrânia aumenta o risco de fome no mundo".
Segundo o diretor do Programa Alimentar Mundial (PAM), David Beasley, a Rússia e a Ucrânia representam 30% das exportações mundiais de trigo, 20% do milho mundial e 75% do óleo de girassol. Com a intensificação dos conflitos e destruição de portos ucranianos, os transportes já estão apresentando dificuldade na distribuição dos suprimentos.
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Ele reforçou, ainda, que Egito, Turquia, Bangladesh e Nigéria são os principais importadores de grãos da Rússia e da Ucrânia.
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