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Jornalismo

RJ: pai de cadete morto em treinamento cita negligência de oficiais

Bombeiros mexeram no armário de rapaz depois da morte, sem autorização

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O jovem Gabriel Lourenço, de 24 anos, morreu após um treinamento do Corpo de Bombeiros no Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio de Janeiro, em 16.mar. Na missa de sétimo dia da morte do rapaz, o pai do cadete não se conformava com a morte do filho e listou irregularidades cometidas pela corporação. Foi aberta uma sindicância e a família entregou denúncia ao Ministério Público.   

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Gabriel e outros cadetes da Academia de Bombeiros Militares Dom Pedro II foram para uma marcha no parque e o jovem passou mal durante o treinamento. Gabriel foi internado e entubado, mas não resistiu. 

Alexandre Cordeiro, pai do cadete, encaminhou ao Ministério Público um relatório em que aponta várias irregularidades, identificadas a partir do relato de colegas do rapaz.

Alexandre conta que, ao sair para marcha, os cadetes não tomaram café da manhã. Os rapazes também teriam sido submetidos a trotes, com exercícios humilhantes como punição. Já no parque, com todos em jejum, os exercícios foram exaustivos, com hidratação controlada. Para a família, os responsáveis pelo treinamento foram negligentes em vários momentos e contribuíram para a tragédia.
    
Na denúncia, o pai também relata que Gabriel passou mal três vezes durante o treinamento. A primeira vez, ele relatou aos oficiais que não estava passando bem, não tinha nenhum médico acompanhando o treinamento e os oficiais debocharam, afirmando que o jovem estava com "frescura".

Com o agravo da situação, demoraram muito para pedir o apoio aéreo. O tráfego até o parque demorou cerca de uma hora e não havia local para o pouso. Ao descer, o médico socorrista não estava com todos os equipamentos, dificultando o socorro. 

A família também desconfia de uma imagem que mostra oficiais mexendo no armário de Gabriel horas depois da morte, antes da perícia e sem qualquer autorização. 

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