ONU aprova texto que responsabiliza Rússia por crise humanitária na Ucrânia
Resolução pede a proteção de civis e acordos diplomáticos para o fim do conflito militar
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A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta 5ª feira (24.mar), a resolução que responsabiliza a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia. Com 140 votos a favor, cinco contra e 38 abstenções, o texto frisa a agressão das forças russas contra civis, jornalistas e unidades de saúde.
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A proposta foi enviada pela França e pelo México e tinha como apoio o governo da Ucrânia. Em justificativa, foram citados os intensos bombardeios aéreos em determinadas regiões, como a cidade de Mariupol, por exemplo, e o alto número de pessoas deslocadas dentro e fora do país, que já somam mais de 10 milhões.
Com o texto aprovado, os países-membros exigem "a cessação imediata das hostilidades por parte da Rússia contra a Ucrânia, em particular de quaisquer ataques contra civis e instalações civis." Também pede que civis, incluindo grupos humanitários, jornalistas e pessoas em situação de vulnerabilidade, incluindo mulheres e crianças, sejam plenamente protegidos por ambos os países.
A resolução exige ainda o fim de cercos a cidades na Ucrânia, uma vez que o cenário agrava ainda mais a situação humanitária da população e dificulta os esforços de retirada. Também está presente no documento o apoio às negociações entre os líderes internacionais, instando, mais uma vez, a resolução diplomática e pacífica do conflito militar.
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A ofensiva russa na Ucrânia completa um mês hoje e já deixa mais de 3,6 milhões de pessoas em situação de refúgio na Europa. Até o momento, a ONU estima que os intensos bombardeamentos e ataques terrestres já afetaram 2.571 de civis, sendo que 977 morreram e 1.594 ficaram feridos. Entre as crianças, 81 não resistiram e 108 permanecem machucadas.
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