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Dinamarca vai abrigar ucranianos, mas pede saída de sírios

Ativistas acusam o governo dinamarquês de "hipocrisia" pelo pedido que refugiados voltem para casa

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O governo da Dinamarca pediu para refugiados sírios de Damasco e de outras cidades voltarem para seu país de origem, já que planeja abrigar ucranianos que fogem da invasão russa. As autoridades dinamarquesas elaboram lei para suspender as regras de asilo para refugiados ucranianos, o que fez com que a decisão da saída dos sírios gerasse controvérsias.  

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Ativistas acusam o governo dinamarquês de "hipocrisia", já que atualmente está pedindo aos refugiados sírios que voltem para casa apesar da guerra, colocando-os em perigo. As críticas foram rebatidas pelo Ministério da Imigração da Dinamarca que disse que "todas as pessoas que buscam asilo no país têm os mesmos direitos".

Para o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Mattias Tesfaye, é necessário que o país ajude o vizinho europeu exposto na guerra e acolha os ucranianos em solo dinamarquês. Com isso, o projeto de lei pode facilitar o processo para que os ucranianos recebam autorizações de residência e possam iniciar rapidamente a escola e o trabalho.

A Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que a guerra na Ucrânia já gerou mais de 2,5 milhões de refugiados, sendo 1,4 milhão que cruzaram a fronteira com a Polônia.O plano de acolhimento estaria de acordo com a União Europeia, que concede proteção por um período de um ano aos ucranianos, lhes concedendo o estatuto de refugiado e permitindo entram sem visto e escolham para qual país ir. 

Desde 2014, o Ministério da Imigração dinamarquês disse que cerca de 30 mil sírios que receberam autorização de residência ainda vivem no país.  De acordo com Michala Clante Bendixen, chefe da Refugees Welcome, a crise migratória de 2015 mostrou que, "se as pessoas vêm do Afeganistão ou da Síria, elas serão chamadas de migrantes até que tenham status de refugiado". Ela indagou sobre qual a diferença.

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