Salão de baile de hotel se torna abrigo para refugiados na Romênia
Ambiente já recebeu mais de duas mil pessoas e cem animais de estimação
SBT News
Em Suceava, na Romênia, o salão de um hotel quatro estrelas se tornou o ambiente seguro para aqueles que buscam refúgio ao sair da Ucrânia, após a sequência de ataques russos que já duram mais de uma semana. Depois de três dias de viagem para fugir do país ucraniano, Olga Okhrimenko, seu cachorro Knolly e dois gatos, encontraram acolhimento e segurança. Emocionada, Okhrimenko comenta que o cachorro também demonstrou alívio ao chegar no salão, arrastando a dona ambiente a dentro.
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O Mandachi Hotel and Spa começou a receber os primeiros refugiados há mais de uma semana, logo quando os ataques começaram. Em um espaço de 850 metros quadrados, cerca de duas mil pessoas e cem animais se abrigam entre colchões diversos.
Até o momento, mais de 227 mil ucranianos deixaram o país rumo à Romênia, um dos principais locais de acolhimento para a população da Ucrânia. Assim como Olga, muitos cruzaram a fronteira por conta própria, sem auxílio do governo. No ambiente, cerca de 300 voluntários ajudam na tradução e assistência social, enquanto nos megafones anúncios de ônibus com destino à Itália, Alemanha, Bulgária e outros países tomam conta do espaço, predominado por mulheres e crianças.
De crianças à idosos, Nelly Nahora, aos 85 anos, fugiu pela segunda vez de uma guerra. Em 1941, quando ainda criança, ela foi ferida durante invasão da Alemanha nazista à Ucrânia. Agora, 79 anos depois, ela e sua filha, Olena Yefanova, fugiram da cidade de Zaporizhzhia, região onde está localizada a maior usina nuclear da Europa, atingida por bombardeios russos na última semana.
A entrada e saída no abrigo, antes um hotel de luxo, é rotativa e constante. Enquanto um ônibus parte, outro chega com mais diversos refugiados com filhos e pertences no colo. Sem acordos definidos e fim previsto, os eventos no salão de baile seguem cancelados e com um único objetivo: ser abrigo para aqueles que mais precisam.
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