Taxas de ocupação de UTIs para covid apresentam tendência de melhora
Segundo a Fiocruz, quatro unidades federativas estão na zona de alerta crítico
SBT News
Pela primeira vez em 2022, as taxas de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para adultos com covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) apresentam tendência de melhora, segundo nota técnica divulgada nesta 3ª feira (15.fev) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cinco unidades federativas (UFs) que na última semana estavam na zona de alerta crítico, ou seja, com taxa de ocupação igual ou superior a 80%, passaram agora para a de alerta intermediário (igual ou superior a 60%).
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São elas Tocantins (64%), Piauí (77%), Espírito Santo (79%), Mato Grosso (72%) e Goiás (72%). Além disso, duas UFs saíram da zona de alerta: Amapá e Ceará. Na zona crítica, permanecem Rio Grande do Norte (80%), Pernambuco (81%), Mato Grosso do Sul (85%) e Distrito Federal (99%); nenhuma UF entrou nela desta vez.
Rondônia (74%), Acre (63%), Pará (63%), Alagoas (60%), Sergipe (61%), Bahia (70%), São Paulo (66%), Paraná (71%) e Santa Catarina (71%), por sua vez, encontram-se na zona de alerta intermediário. As UFs restantes estão fora da zona de alerta. A Fiocruz explica ainda que aumentou o número de leitos de UTI no Piauí (178 para 193), Ceará (444 para 494), Rio Grande do Norte (152 para 167), Pernambuco (1045 para 1056), Sergipe (26 para 54), Paraná (703 para 712), Mato Grosso do Sul (200 para 218) e Goiás (214 para 236).
Além disso, 15 UFs registraram queda de pelo menos cinco pontos percentuais na taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos com covid: Pará (79% para 63%), Amapá (63% para 44%), Tocantins (81% para 64%), Piauí (87% para 77%), Ceará (73% para 59%), Rio Grande do Norte (89% para 80%), Pernambuco (88% para 81%), Alagoas (69% para 60%), Sergipe (75% para 61%), Espírito Santo (87% para 79%), Rio de Janeiro (59% para 52%), São Paulo (71% para 66%), Mato Grosso do Sul (92% para 85%), Mato Grosso (81% para 72%) e Goiás (80% para 72%).
Em relação às capitais, encontram-se na zona crítica Rio Branco (80%), Natal (percentual estimado de 84%), João Pessoa (81%), Rio de Janeiro (81%), Campo Grande (91%), Goiânia (82%) e Brasília (99%). Já Porto Velho (78%), Palmas (65%), Teresina (70%), Fortaleza (70%), Maceió (69%), Salvador (69%), Belo Horizonte (75%), Vitória (78%), São Paulo (64%), Curitiba (70%), Porto Alegre (63%) e Cuiabá (67%) estão na zona de alerta intermediário. Belém e Aracajú não têm divulgado as taxas, e a de Boa Vista está desatualizada, visto que o estado informa apenas a do dia 8 de fevereiro.
Para os pesquisadores, os números desta semana significam que o enfraquecimento da onda de casos provocadas pela variante ômicron do coronavírus começou a se refletir na redução da taxa de ocupação dos leitos de terapia intensiva. Os profissionais acrescentam que o avanço da campanha de vacinação foi fundamental para impedir quantidade maior de pessoas com quadro grabe de covid, internações e óbitos, mas riscos de reveses continuam existindo. Segundo a nota técnica, a imunização é a "a arma mais potente que dispomos para o enfrentamento da pandemia". "Por outro lado, é muito importante que se concebam campanhas de distribuição e conscientização sobre os benefícios do uso adequado de máscaras, que protegem contra o coronavírus e outros agentes infecciosos", completa.
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