No Rio, ex-governador Garotinho e Álvaro Lins são condenados à prisão
Nesta terça-feira (24), foram condenados à prisão o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, o ex-chefe da polícia do Estado e ex-deputado Álvaro Lins, e mais oito homens que eram investigados pela operação "Gladiador" da Polícia Federal (PF).
A 4ª Vara Federal Criminal condenou Álvaro Lins a 28 anos de prisão (por formação de quadrilha armada, corrupção passiva e lavagem de bens) e o ex-governador Garotinho a dois anos e meio por formação de quadrilha. A pena de Garotinho será convertida em serviços à comunidade e suspensão dos direitos políticos.
Além de Garotinho e Lins, a justiça também condenou os policiais civis Alcides Campos Sodré Ferreira, Daniel Goulart, Fábio Menezes de Leão, Mário Franklin Leite de Carvalho e Ricardo Hallak. As penas variam de 2 a 11 anos e três meses de prisão. Todos os réus podem apelar da decisão em liberdade. Outras quatro pessoas investigadas foram absolvidas.
Anthony Garotinho declara em seu blog que a decisão foi covarde e acredita que o ato não passa de perseguição política para não se eleger. Diz o ex-governador do Rio: "Vou recorrer com todos os instrumentos jurídicos que a lei disponibiliza, por se tratar de uma decisão absurda, sem amparo legal e com a qual não me conformo".
O processo resultou das apurações da operação "Gladiador", desencadeada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal, da quebra de sigilo fiscal de Álvaro Lins e de investigações posteriores de documentos recolhidos pela PF. A justiça comprovou a prática de crimes como facilitação de contrabando (como a exploração de caça-níqueis realizadas pelo grupo de Rogério Andrade que não era reprimido) e corrupção ativa e passiva.