Qual é a eficácia da vacinação em massa contra casos graves de covid-19?
A resposta está em novo estudo da Fiocruz que avalia as vacinas CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer

SBT News
Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisou a efetividade da vacinação no Brasil aponta que a população foi beneficiada pelo plano de vacinação na prevenção de casos graves e óbitos por covid-19, apesar de variação da efetividade de acordo com a faixa etária analisada.
A análise, que também incluiu vacinados com a primeira dose da Pfizer, foi realizada entre 17 de janeiro e 19 de julho de 2021, um total de seis meses, em que houve predominância da variante Gamma. O estudo avaliou mais de 66 milhões de registros, mas ainda está sob a forma de preprint (sem revisão de seus pares).
Os resultados indicam uma diminuição da efetividade com o avanço da idade, o que reforça estudos anteriores sobre a efetividade dos imunizantes da Astrazeneca e Conoravac. No estudo atual, a efetividade com a Coronavac na prevenção de casos graves entre indivíduos com mais de 80 anos foi de 29,6%, número muito inferior ao estimado para os idosos de 60 a 79 anos (60,4%).
A avaliação com o imunizante da Pfizer foi de proteção de 89,9% na prevenção de mortes no grupo etário de 40 a 59 anos, na maioria com a primeira dose.
Ao analisar adultos com esquema completo de imunização, os valores estimados de efetividade da vacina AstraZeneca apontam que a prevenção de casos graves e óbitos está entre 80% e 90%. A depender do grupo etário, esse percentual pode superar 90% de eficácia. Para casos graves, a efetividade é um pouco menor: 79,6% no caso dos idosos de 60 a 79 anos e 66,7% para aqueles com mais de 80 anos.