Vacinas da AstraZeneca e Pfizer apresentam boa proteção contra variantes
Estudo também comprova a eficácia da intercambialidade de imunizantes mesmo após 12 meses
SBT News
Um estudo realizado na Suécia concluiu que as vacinas contra covid-19 da AstraZeneca e da Pfizer apresentam uma boa proteção contra variantes do vírus mesmo após um período de 12 meses. Os pesquisadores também confirmaram a mesma eficácia para pessoas imunizadas diante da intercambialidade de doses.
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O estudo foi realizado entre os dias 15 de abril e 8 de maio de 2020 com 2.149 voluntários. Eles realizaram exames de sangue para testar a capacidade neutralizante contra o novo coronavírus e as variantes Alfa, Beta, Delta e Gama através da imunização.
De acordo com a pesquisa, os anticorpos produzidos através das vacinas continuaram detectáveis em 80% dos participantes do estudo, mesmo um ano após infecção branda -- não vacinados. A capacidade neutralizadora foi similar com o vírus original (usado como referência), Alfa (0.95) e Delta (1.03, ou seja, uma resposta até melhor do que o padrão, que é a resposta à cepa original 1), mas significativamente reduzida contra Beta (0.54) e Gama (0.51).
De forma similar, duas doses da Pfizer ou da AstraZeneca permitiram uma capacidade sustentável contra as variantes Alfa e Delta -- 1.01 e 1.03, e 0.96 e 0.82, respectivamente, após um ano da imunização. Foi observada, no entanto, uma redução nas capacidades contra Beta (0.67 e 0.53) e Gama (0.12 e 0.54).
Em relação à combinação da AstraZeneca com Pfizer foi evidenciada a eficácia frente às variantes de preocupação Alfa e Delta (0.74 e 0.70), mas a neutralização a longo prazo diminui diante das cepas Beta e Gama (0.29 e 0.13).