Miliciano Ecko teria "tropa secreta" de 51 policiais militares
Levantamento aponta que cerca de 80 agentes faziam segurança e ações paramilitares, diz jornal. Criminoso foi morto após operação em junho
Primeiro Impacto
Após ser capturado e morto durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro no último dia 12, Wellington da Silva Braga - conhecido como "Ecko" - tinha uma rede de segurança de 51 policiais militares. A investigação revelou que esse grupo paramilitar protegia o traficante, além de extorquir e intimidar vítimas.
Ecko era um dos milicianos mais procurados do país e morreu em Paciência, na zona oeste carioca. A polícia encontrou uma farda da Polícia Militar na casa do criminoso. O item seria usado para andar pela região sem ser reconhecido.
O jornal O Globo realizou um levantamento em que aponta cerca de 80 agentes integrantes da "tropa de segurança" de Braga. Entre eles, além dos já citados PMs, mais 16 ex-policiais militares, 7 policiais civis, 5 agentes penitenciários e um ex-policial civil. Todos são acusados ou investigados por integrarem ou se associarem à organização criminosa de Ecko.
A reportagem do jornal ainda apontou que dos 51 PMs, 45 estão na ativa e seis são reformados. Dois deles ocupavam cargos de destaque na hierarquia da milícia: o sargento Antônio Carlos de Lima e o ex-PM Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Benê. A dupla atuava em Itaguaí, na Baixada Fluminense.
Benê foi expulso da Polícia Militar após ser preso com arma em situação irregular, em 2008. Ele morreu durante uma operação em Itaguaí. Ainda de acordo com O Globo, o sargento lima era um "agente duplo": dava expediente no batalhão de Santa Cruz e patrulhava a região que se tornou base da milícia de Ecko e ajudava a invadir áreas em Itaguaí. Ele está preso desde 2018.