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Jornalismo

MP apreende carros e dinheiro em esquema de pirâmide de até R$ 60 milhões

No Recife, um condomínio de luxo foi alvo dos agentes; Ação ocorreu em 12 estados

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Assista ao boletim da repórter Cínthia Ferreira, da TV Jornal/SBT, em Pernambuco

A operação Black Monday foi deflagrada na manhã desta 5ª-feira (25.mar) em 12 estados brasileiros simultaneamente. O objetivo era desarticular uma quadrilha investigada pela prática de pirâmide financeira, crimes contra a relação de consumo e lavagem de dinheiro. Até o fim da manhã, três pessoas tinham sido presas, segundo o Ministério Público de Pernambuco. Carros de luxo e dinheiro em espécie foram apreendidos.

Ao todo, foram 5 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. As investigações que culminaram na operação começaram em maio do ano passado e foram realizadas pelo Ministério Público de Minas Gerais. De acordo com o promotor Fabrício Pinto, integrante do Gaeco mineiro, o grupo utilizava dois sites da internet, que ofereciam cursos de finanças e investimentos, para atrair as vítimas. "[Eram] Duas empresas voltadas à instrução para pessoas na área financeira. Elas eram utilizadas para atração dos possíveis investidores e depois eram utilizadas também para desviar os recursos. E a contrapartida oferecida eram lucros muito acima dos que eram oferecidos no mercado", relatou o promotor.

Ainda de acordo com ele, o grupo lavava o dinheiro das vítimas comprando bens de luxo e criptomoedas. "Com esse dinheiro arrecadado de várias vítimas, apenas de uma vítima houve um prejuízo de mais de R$4 milhões, eles aplicavam esse dinheiro em bitcoins e a partir de determinado momento as remunerações não foram pagos às vítimas e esse dinheiro foi utilizado em investimento de bitcoins e aquisição de veículos de alto valor e imóveis em várias capitais do Nordeste e do interior da Paraíba", afirmou.

Além de policiais do Gaeco de Pernambuco e de Minas Gerais, participaram da Operação Servidores do Ministério Público, policiais civis e rodoviários federais.

Em Pernambuco, os mandados foram cumpridos em 4 cidades. No Recife, os alvos foram dois apartamentos em um condomínio de luxo, na Zona Sul da cidade, e um escritório atribuído ao grupo. Foram apreendidos cerca de 287 mil reais em dinheiro vivo, que estavam escondidos em um banheiro, dois carros e uma moto. Computadores e documentos também foram apreendidos.

Um dos investigados, apontado com um dos líderes do esquema, foi preso em João Pessoa, na Paraíba. Com ele, uma Lamborghini e um BMW foram apreendidas. Outras duas pessoas foram presas na cidade de Gravatá, no Agreste Pernambucano. Cerca de 1500 pessoas teriam sido vítimas da quadrilha. O prejuízo calculado chega a R$ 60 milhões.
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