Anvisa diz que faltam dados da Coronavac; vacina de Oxford avança
Agência pede que Butantan envie informações adicionais antes de seguir com análise
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu mais dados ao Instituto Butantan neste sábado (9.jan) para dar prosseguimento ao processo de autorização para uso emergencial da Coronavac, vacina contra a covid-19 pesquisada pelo órgão. Também relatou que o pedido para imunizante produzido pela Fiocruz - a chamada vacina de Oxford - foi encaminhado com todas as informações necessárias e pode passar à próxima fase.
Leia aqui o aviso sobre a Coronavac e aqui o relatório sobre a vacina de Oxford, que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Com isso, a vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca fica uma etapa à frente. A "corrida das vacinas" tem implicações políticas: a Coronavac foi, desde o início, a vacina divulgada pelo governador de São Paulo, João Doria, rival político do presidente Jair Bolsonaro e seu potencial adversário nas eleições de 2022. Durante a pandemia, Doria entrou várias vezes em conflito com Bolsonaro - primeiro pelas medidas de isolamento social, defendidas pelo governador e condenadas pelo presidente, e depois pelo atraso do governo federal em estabelecer um plano de vacinação.
Reportagem do SBT News publicada nesta 6ª feira (8.jan) mostra que o Ministério da Saúde chegou a orientar seus funcionários a não usar a palavra "Coronavac" em pronunciamentos e anúncios públicos porque o uso da palavra supostamente beneficiaria João Doria - e preferir "vacina do Butantan". A pasta nega. O ministro Eduardo Pazuello, no entanto, evitou chamar o imunizante pelo nome em anúncio oficial: citou o nome do Butantan 23 vezes, mas não mencinou a palavra "Coronavac"
A ideia de "corrida das vacinas" também é sugerida pelo fato dos dois pedidos, da Coronavac e da vacina de Oxford, terem sido enviados no mesmo dia à Anvisa. A Fiocruz encaminhou o requerimento pedindo autorização de vacinação emergencial três horas depois do Butantan.
Em nota, o Butantan defende que o pedido da Anvisa, no entanto, não deve afetar o prazo para a autorização. Segundo o instituto, as demandas da agência reguladora são "absolutamente comuns".
Leia aqui o aviso sobre a Coronavac e aqui o relatório sobre a vacina de Oxford, que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Com isso, a vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca fica uma etapa à frente. A "corrida das vacinas" tem implicações políticas: a Coronavac foi, desde o início, a vacina divulgada pelo governador de São Paulo, João Doria, rival político do presidente Jair Bolsonaro e seu potencial adversário nas eleições de 2022. Durante a pandemia, Doria entrou várias vezes em conflito com Bolsonaro - primeiro pelas medidas de isolamento social, defendidas pelo governador e condenadas pelo presidente, e depois pelo atraso do governo federal em estabelecer um plano de vacinação.
Reportagem do SBT News publicada nesta 6ª feira (8.jan) mostra que o Ministério da Saúde chegou a orientar seus funcionários a não usar a palavra "Coronavac" em pronunciamentos e anúncios públicos porque o uso da palavra supostamente beneficiaria João Doria - e preferir "vacina do Butantan". A pasta nega. O ministro Eduardo Pazuello, no entanto, evitou chamar o imunizante pelo nome em anúncio oficial: citou o nome do Butantan 23 vezes, mas não mencinou a palavra "Coronavac"
A ideia de "corrida das vacinas" também é sugerida pelo fato dos dois pedidos, da Coronavac e da vacina de Oxford, terem sido enviados no mesmo dia à Anvisa. A Fiocruz encaminhou o requerimento pedindo autorização de vacinação emergencial três horas depois do Butantan.
Em nota, o Butantan defende que o pedido da Anvisa, no entanto, não deve afetar o prazo para a autorização. Segundo o instituto, as demandas da agência reguladora são "absolutamente comuns".
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