Jornalismo
Em anúncio, Pazuello citou 23 vezes 'Butantan' e nenhuma vez 'CoronaVac'
Ministério da Saúde tem evitado mencionar o nome da vacina para não valorizar o governo de João Doria
Mariana Zylberkan
• Atualizado em
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não citou sequer uma vez o nome "CoronaVac" no anúncio oficial sobre detalhes do plano de vacinação contra o coronavírus feito na última quinta-feira (7 jan.). O imunizante fabricado em São Paulo em parceria com o laboratório chinês Sinovac, no entanto, foi mencionado como "vacina do Butantan". O nome do instituto apareceu 23 vezes no discurso.
A fala de Pazuello evidencia a orientação dentro do ministério de evitar citar o nome da marca do laboratório chinês. Em reportagem publicada nesta 6ª feira (8.jan), o SBT News noticiou que o ministro proibiu os servidores de usarem o termo "CoronaVac" para evitar dar destaque ao governo de João Doria, rival político do presidente Jair Bolsonaro. A instrução é priorizar o termo "vacina do Butantan".
Neste sábado, o perfil das redes sociais do ministério classificou a informação como falsa - sem, porém, citar o portal de notícias. O SBT News mantém a sua apuração dos fatos.
O portal do Ministério da Saúde também não usa uma única vez a palavra CoronaVac em textos oficiais publicados sobre a compra de 100 milhões de doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan. Por outro lado, em seu discurso, Pazuello chegou a citar nominalmente a vacina Sputnik V, produzida por laboratório russo.
A fala de Pazuello evidencia a orientação dentro do ministério de evitar citar o nome da marca do laboratório chinês. Em reportagem publicada nesta 6ª feira (8.jan), o SBT News noticiou que o ministro proibiu os servidores de usarem o termo "CoronaVac" para evitar dar destaque ao governo de João Doria, rival político do presidente Jair Bolsonaro. A instrução é priorizar o termo "vacina do Butantan".
Neste sábado, o perfil das redes sociais do ministério classificou a informação como falsa - sem, porém, citar o portal de notícias. O SBT News mantém a sua apuração dos fatos.
O portal do Ministério da Saúde também não usa uma única vez a palavra CoronaVac em textos oficiais publicados sobre a compra de 100 milhões de doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan. Por outro lado, em seu discurso, Pazuello chegou a citar nominalmente a vacina Sputnik V, produzida por laboratório russo.
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