Relatório inédito mostra os influenciadores da ciência deste ano
Estudo realizado por meio de técnicas de análise e cruzamento de dados aponta para 5 brasileiros participantes da lista
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Neste ano, a ciência foi muito citada no noticiário, nas conversas e nas redes sociais devido a pandemia do Coronavírus. Por isso, muitos interlocutores da área científica compartilharam informações sobre o vírus nas redes sociais. Além de dar orientações, informavam como que os cientistas estão trabalhando para criar soluções para dar fim a este vírus, que já matou mais de 1,5 milhão de pessoas pelo mundo. Por isso, o Science Pulse e o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (Ibpad) lançaram um estudo com a análise de da rede de interações da comunidade científica, que será divulgado nesta segunda-feira (14.dez).
Esta rede de interações foi desenvolvida por meio da base de dados do Science Pulse, que é uma ferramenta social voltada para a comunidade científica. Nela foram analisadas 213.469 publicações de 1.200 cientístas, especialistas e organizações científicas sobre a covid-19, que foram publicadas na rede social Twitter entre os meses de junho a outubro de 2020. O Ibpad foi responsável por fazer a análise das interações e mapeamento dos principais influenciadores, por meio das métricas e fatores como autoridade, articulação de rede e popularidade.
Apesar do ranking não ser uma versão absoluta do cenário da comunidade científica, devido a critérios metodológicos que foram adotados na construção do relatório, os pesquisadores ressaltam que há muitos especialistas e instituições que poderiam estar na lista e que ela pode ser ampliada.
"Por critérios metodológicos adotados, muitos cientistas, especialistas e organizações de renome não entraram no Top 5, o que não significa que nossa lista para por aí. Cientistas como Natalia Pasternak e Paulo Lotufo possuem bastante autoridade nas redes, ao passo que os professores Thomas Conti e Marcia Castro contam com boa articulação entre seus pares, e isso só mostra como a comunidade de influenciadores da ciência se desenvolveu muito no Brasil neste ano", disse Spagnuolo.
Os principais influenciadores brasileiros sobre a covid-19 identificados pelos dados foram o biólogo Atila Iamarino (@oatila), a jornalista Luiza Caires (@luizacaires3), o médico epidemiologista Otavio Ranzani (@otavio_ranzani), a biomédica Mellanie Fontes-Dutra (@mellziland) e o cardiologista Marcio Bittencourt (@MBittencourtMD).
A métrica de autoridade demonstra quais são os perfis centrais que fomenta a difusão de informações nas redes, ou seja, os mais respeitados e com maior prestígio. A métrica de articulação mostra quais perfis fazem a ponte entre grupos diferentes que conseguem propagar suas mensagens. E, a popularidade mostra informações sobre a quantidade de seguidores que o perfil possui.
O relatório apontou cinco grupos que discutem a covid-19 no Twitter, são eles: "Pesquisadores e instituições brasileiras", "Comunidade global de cientistas", "Perfis internacionais de articulação", "Pioneiros sobre Covid-19 nas redes" e "Instituições de ponta". Dentro dos cinco grupos, há dez perfis que se destacam, usando os mesmos critérios definidos nas métricas.
Além de cientistas, perfis das publicações respeitadas pelo mundo como Nature, Science e The Lancet e de algumas das universidades mais respeitadas pelo mundo como Oxford, Stanford, Princeton e Johns Hopkins.
"Todo cientista possui, devido à sua formação, um capital social próprio que o diferencia daqueles que não possuem a mesma formação. Analisar uma rede de cientistas leva em consideração essa premissa para verificar quais são aqueles que, para além dessa autoridade consolidada, possuem também validação e prestígio concebidos pelos seus pares", explica Pedro Meirelles, pesquisador do IBPAD e bacharel em Estudos de Mídia pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Para o pesquisador, um dos maiores problemas é a barreira do idioma que dificulta os brasileiros de ser um dos principais propagadores de conteúdo e informação na comunidade internacional.
Para o jornalista e coordenador do Science Pulse, Sérgio Spagnoulo, o mapeamento das vozes que tem credibilidade na comunidade científica mostra que pode ser um caminho importante contra a desinformação trazendo clareza sobre as fontes reconhecidas e as informações corretas.
Grupo 1 - Pesquisadores e instituições brasileiras
Atila Iamarino (@oatila)
Luiza Caires (@luizacaires3)
Otavio Ranzani (@otavio_ranzani)
Mellanie Fontes-Dutra (@mellziland)
Marcio Bittencourt (@MBittencourtMD)
Grupo 2 - Comunidade global de cientistas
Eric Topol (@EricTopol)
Natalie E. Dean, PhD (@nataliexdean)
Michael Mina (@michaelmina_lab)
Carlos del Rio (@CarlosdelRio7)
Maria Van Kerkhove (@mvankerkhove)
Grupo 3 - Perfis internacionais de articulação
Nature (@nature)
Science Magazine (@ScienceMagazine)
University of Oxford (@UniofOxford)
The Lancet (@TheLancet)
Prof. Akiko Iwasaki (@VirusesImmunity)
Grupo 4 - Pioneiros sobre Covid-19 nas redes
National Institutes of Health (@NIH)
Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health (@JohnsHopkinsSPH)
Journal of the American Medical Association (@JAMA_current)
Johns Hopkins University (@JohnsHopkins)
Johns Hopkins Center for Health Security (@JHSPH_CHS)
Grupo 5 - Instituições de ponta
Stanford University (@Stanford)
Princeton University (@Princeton)
Stanford Medicine (@StanfordMed)
University of Florida (@UF)
Chan Zuckerberg Biohub (@czbiohub)
Esta rede de interações foi desenvolvida por meio da base de dados do Science Pulse, que é uma ferramenta social voltada para a comunidade científica. Nela foram analisadas 213.469 publicações de 1.200 cientístas, especialistas e organizações científicas sobre a covid-19, que foram publicadas na rede social Twitter entre os meses de junho a outubro de 2020. O Ibpad foi responsável por fazer a análise das interações e mapeamento dos principais influenciadores, por meio das métricas e fatores como autoridade, articulação de rede e popularidade.
Apesar do ranking não ser uma versão absoluta do cenário da comunidade científica, devido a critérios metodológicos que foram adotados na construção do relatório, os pesquisadores ressaltam que há muitos especialistas e instituições que poderiam estar na lista e que ela pode ser ampliada.
"Por critérios metodológicos adotados, muitos cientistas, especialistas e organizações de renome não entraram no Top 5, o que não significa que nossa lista para por aí. Cientistas como Natalia Pasternak e Paulo Lotufo possuem bastante autoridade nas redes, ao passo que os professores Thomas Conti e Marcia Castro contam com boa articulação entre seus pares, e isso só mostra como a comunidade de influenciadores da ciência se desenvolveu muito no Brasil neste ano", disse Spagnuolo.
Os principais influenciadores brasileiros sobre a covid-19 identificados pelos dados foram o biólogo Atila Iamarino (@oatila), a jornalista Luiza Caires (@luizacaires3), o médico epidemiologista Otavio Ranzani (@otavio_ranzani), a biomédica Mellanie Fontes-Dutra (@mellziland) e o cardiologista Marcio Bittencourt (@MBittencourtMD).
A métrica de autoridade demonstra quais são os perfis centrais que fomenta a difusão de informações nas redes, ou seja, os mais respeitados e com maior prestígio. A métrica de articulação mostra quais perfis fazem a ponte entre grupos diferentes que conseguem propagar suas mensagens. E, a popularidade mostra informações sobre a quantidade de seguidores que o perfil possui.
O relatório apontou cinco grupos que discutem a covid-19 no Twitter, são eles: "Pesquisadores e instituições brasileiras", "Comunidade global de cientistas", "Perfis internacionais de articulação", "Pioneiros sobre Covid-19 nas redes" e "Instituições de ponta". Dentro dos cinco grupos, há dez perfis que se destacam, usando os mesmos critérios definidos nas métricas.
Além de cientistas, perfis das publicações respeitadas pelo mundo como Nature, Science e The Lancet e de algumas das universidades mais respeitadas pelo mundo como Oxford, Stanford, Princeton e Johns Hopkins.
"Todo cientista possui, devido à sua formação, um capital social próprio que o diferencia daqueles que não possuem a mesma formação. Analisar uma rede de cientistas leva em consideração essa premissa para verificar quais são aqueles que, para além dessa autoridade consolidada, possuem também validação e prestígio concebidos pelos seus pares", explica Pedro Meirelles, pesquisador do IBPAD e bacharel em Estudos de Mídia pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Para o pesquisador, um dos maiores problemas é a barreira do idioma que dificulta os brasileiros de ser um dos principais propagadores de conteúdo e informação na comunidade internacional.
Para o jornalista e coordenador do Science Pulse, Sérgio Spagnoulo, o mapeamento das vozes que tem credibilidade na comunidade científica mostra que pode ser um caminho importante contra a desinformação trazendo clareza sobre as fontes reconhecidas e as informações corretas.
Veja abaixo o ranking dos principais influenciadores no Brasil e pelo mundo:
Grupo 1 - Pesquisadores e instituições brasileiras
Atila Iamarino (@oatila)
Luiza Caires (@luizacaires3)
Otavio Ranzani (@otavio_ranzani)
Mellanie Fontes-Dutra (@mellziland)
Marcio Bittencourt (@MBittencourtMD)
Grupo 2 - Comunidade global de cientistas
Eric Topol (@EricTopol)
Natalie E. Dean, PhD (@nataliexdean)
Michael Mina (@michaelmina_lab)
Carlos del Rio (@CarlosdelRio7)
Maria Van Kerkhove (@mvankerkhove)
Grupo 3 - Perfis internacionais de articulação
Nature (@nature)
Science Magazine (@ScienceMagazine)
University of Oxford (@UniofOxford)
The Lancet (@TheLancet)
Prof. Akiko Iwasaki (@VirusesImmunity)
Grupo 4 - Pioneiros sobre Covid-19 nas redes
National Institutes of Health (@NIH)
Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health (@JohnsHopkinsSPH)
Journal of the American Medical Association (@JAMA_current)
Johns Hopkins University (@JohnsHopkins)
Johns Hopkins Center for Health Security (@JHSPH_CHS)
Grupo 5 - Instituições de ponta
Stanford University (@Stanford)
Princeton University (@Princeton)
Stanford Medicine (@StanfordMed)
University of Florida (@UF)
Chan Zuckerberg Biohub (@czbiohub)
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