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Pobres poderão ser "atropelados" por corrida às vacinas, diz OMS

Diretor-geral da organização afirma que disputa pelo imunizante deve priorizar "algumas pessoas de todos os países" e não todas de poucas nações

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Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS
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Enquanto a corrida por uma (ou mais) vacina (vacinas) eficazes contra o coronavírus segue em vários países, com testes em fases finais, há um outro temor: o acesso dos mais pobres ao imunizante.

O medo foi externado pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus nesta terça-feira (24) em um evento online da Comissão de Epidemologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Para Tedros, mais pobres e vulneráveis podem ser "atropelados na corrida pelas vacinas". Se os imunizantes estão em avançados testes, ao contrário de medicamentos anteriores que demoravam anos, os mais necessitados devem ser o foco da distribuição dos imunizantes.

O diretor-geral afirmou que distribuir uma vacina segura para "algumas pessoas em todas as nações" do que para algumas em poucos países, acrescentando que "não é caridade" e, sim, uma maneira mais segura e veloz de pôr fim à pandemia e retomar a economia.

Essa declaração encontra eco em outra fala de Tedros, quando o mandante da OMS afirma que se as pessoas não forem vacinadas, o vírus continuará circulando e atrasará a recuperação global.

Para tanto, a chegada das vacinas aos mais pobres vai depender, para o diretor-geral, do esforço de todos os governos no intuito de proteger suas populações, que tem o direito de serem vacinadas.
 
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