Publicidade
Jornalismo

Governo de SP diz que teste de eficácia da Coronavac deve sair em dezembro

Vacina é produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac

Imagem da noticia Governo de SP diz que teste de eficácia da Coronavac deve sair em dezembro
Caixa da Coronavac. Foto: Governo de São Paulo
• Atualizado em
Publicidade
O Governo de São Paulo anunciou nesta 2ª feira (23.nov) que os testes de eficácia da Coronavac devem ficar prontos em dezembro de 2020. A informação foi repassada por Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do estado, em entrevista à imprensa concedida no Instituto Butantan, no início da tarde.

"Teremos a divulgação logo na primeira semana de dezembro pelo Comitê Internacional Independente sobre a eficácia da vacina; do quanto ela é capaz de proteger na vida real contra o coronavírus. Assim que divulgados estes resultados, eles serão então encaminhados para a Agência Nacional de Vigilância (Sanitária), a Anvisa, para o seu reconhecimento e chancela", disse Gorinchteyn.

A Coronavac é a vacina para o coronavírus pesquisada pelo Instituto Butantan, em São Paulo, com o laboratório chinês Sinovac. Um estudo publicado na revista científica Lancet já havia atestado que a vacina é segura e induz resposta imunológica nos inoculados; resta comprovar se a resposta imune é eficiente para prevenir de fato a infecção pelo coronavírus.

A avaliação de eficácia requer que um número mínimo de pessoas que participaram dos testes contraia a covid-19. Segundo o secretário de Saúde, este patamar já foi atingido.

Outras vacinas são testadas no mundo em paralelo com a Coronavac, sendo que algumas já tiveram a sua eficácia mensurada. Nesta 2ª, foi anunciado que a vacina pesquisada pelo laboratório britânico AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford tem uma eficácia de até 90% contra a covid-19, a depender da dosagem aplicada; as vacinas produzidas pela Pfizer com a BioNTech e pela Moderna têm, respectivamente, eficiência de 95% e 94,5%.

A Coronavac também já se viu no centro de uma disputa política do governo federal com a gestão de São Paulo. Em 10 de novembro, um dia depois da Anvisa suspendeu os testes da vacina para avaliar um possível efeito adverso, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o medicamento representava "morte, invalidez, anomalia" e disse que o episódio era uma vitória sua sobre o governador de São Paulo, João Doria. A agência reguladora autorizou a retomada dos testes logo depois, no dia 11.
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade