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"Não vou tomar nenhuma vacina", afirma Bolsonaro

Presidente diz que existe "descrédito muito grande" ao imunizante chinês, pois "esse vírus teria nascido lá"

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O presidente Jair Bolsonaro segura uma caixa de remédio em entrevista coletiva
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Depois de vetar a compra de vacinas produzidas pelo laboratório chinês SinoVac para combater o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reiterou a negativa. O mandatário, em entrevista à rádio Jovem Pan, afirmou que "já existe um descrédito muito grande, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido lá".

Bolsonaro ainda afirmou que não tomará nenhuma vacina. "Não interessa se tem uma ordem, seja de quem for, aqui no Brasil. Eu não vou tomar". 

Em uma semana marcada por disputas que envolvem a compra de vacinas, o presidente negou qualquer conflito com o Ministro da Saúde Eduardo Pazzuelo. O chefe da pasta reuniu-se com governadores de todo país e mostrou intenção de comprar a vacina CoronaVac.

Bolsonaro reafirma que vacina contra Covid-19 não será obrigatória

O imunizante é produzido pelo laboratório chinês e, no Brasil, terá parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. A vacina é a aposta do governador João Doria (PSDB). Bolsonaro desautorizou Pazzuelo e vetou qualquer tipo de intenção de adquirir o remédio. O presidente negou que o ministro da saúde será demitido.

"Da China não compraremos. É uma decisão minha", disse Bolsonaro. O governo federal tem parceria com a Universidade de Oxford, que produz o imunizante em parceria com o laboratório AstraZeneca.

Obrigatoriedade e óbitos

O presidente criticou a intenção do governo de São Paulo de tornar a vacina obrigatória. Para Bolsonaro, é uma atitude "ditatorial", e que a população que deve escolher se vai tomar ou não a substância.

No momento em que o Brasil alcançou mais de 155 mil mortos por coronavírus, o chefe do executivo nacional voltou a minimizar os impactos da doença e afirmou que "tem muito óbito aí que é botado na conta do Covid" e que a pandemia "está praticamente indo embora".
 
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