Governo usa gráfico de banco de imagens para ilustrar eficácia de remédio
Ministério da Ciência conclui estudo sobre nitazoxanida, mas não apresenta dados sobre medicamento
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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações concluiu o estúdio clínico com o uso do medicamento nitazoxanida em pacientes em fase precoce da covid-19. A descoberta foi anunciada numa cerimônia nesta 2ª-feira (19.out) em uma cerimônia no Palácio da Alvorada, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
O evento, no entanto, não apresentou dados sobre os ensaios clínicos. Durante a apresentação, o vídeo de divulgação usou um gráfico do banco de imagens Shutterstock, disponível para compra por US$ 79 (R$ 442 reais pela cotação atual). Segundo o governo, o resultado final deve ser publicado em uma revista científica.
Gráfico usado pelo governo é de banco de imagem (Foto: Reprodução)
Não há qualquer indicação do governo a respeito de algo que siga a trajetória do gráfico.
A nitazoxanida é um antiparasitário que já foi estudado como tratamento para a covid-19 em outros países e descartado. O Ministério manteve as pesquisas por quatro meses em 16 cidades brasileiras. Cientistas chineses de Wuhan concluíram que a dose indicada para o combate ao vírus era tóxica.
Segundo a líder do estudo e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Patrícia Rocco, o medicamento foi capaz de reduzir a carga viral em pacientes que receberam o tratamento. O estudo clínico contou com 1,5 mil voluntários. O medicamento foi ministrado três vezes ao dia durante cinco dias para pacientes em sintomas iniciais. Os testes aconteceram em sete hospitais em todo o país.
Pela bula, o medicamento, cujo nome comercial é Annita, é recomendado para o tratamento de gastroenterites virais por rotavírus, isosporíase, balantidíase e outras infecções por vermes.
O evento, no entanto, não apresentou dados sobre os ensaios clínicos. Durante a apresentação, o vídeo de divulgação usou um gráfico do banco de imagens Shutterstock, disponível para compra por US$ 79 (R$ 442 reais pela cotação atual). Segundo o governo, o resultado final deve ser publicado em uma revista científica.
Gráfico usado pelo governo é de banco de imagem (Foto: Reprodução)
Não há qualquer indicação do governo a respeito de algo que siga a trajetória do gráfico.
A nitazoxanida é um antiparasitário que já foi estudado como tratamento para a covid-19 em outros países e descartado. O Ministério manteve as pesquisas por quatro meses em 16 cidades brasileiras. Cientistas chineses de Wuhan concluíram que a dose indicada para o combate ao vírus era tóxica.
Segundo a líder do estudo e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Patrícia Rocco, o medicamento foi capaz de reduzir a carga viral em pacientes que receberam o tratamento. O estudo clínico contou com 1,5 mil voluntários. O medicamento foi ministrado três vezes ao dia durante cinco dias para pacientes em sintomas iniciais. Os testes aconteceram em sete hospitais em todo o país.
Pela bula, o medicamento, cujo nome comercial é Annita, é recomendado para o tratamento de gastroenterites virais por rotavírus, isosporíase, balantidíase e outras infecções por vermes.
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