Bolsonaro descarta aborto no país: "Enquanto eu for presidente não terá"
Resposta dada a um grupo de apoiadores marca posição às vésperas do julgamento no STF sobre o tema em casos de zika vírus
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Nesta quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que enquanto ele estiver à frente do Executivo "não haverá aborto no Brasil", em resposta a um grupo de crianças que o esperavam no Palácio da Alvorada. O tema voltou à tona após o Supremo Tribunal Federal sinalizar com a descriminalização em casos de grávidas infectadas pelo zika vírus.
"Defende nossas criancinhas, não queremos aborto" pedia o grupo, enquanto entoava músicas religiosas regidas por um padre. Bolsonaro interagiu rapidamente, sem falar com a imprensa. Essa não é a primeira vez que o líder brasileiro marca posição contrária ao tema. No sábado (18), algumas pessoas chegaram a entregar miniaturas representando fetos e uma bandeira com os dizeres "Brasil Vivo Sem Aborto".
O julgamento no STF estava previsto para começar na sexta-feira (24), mas ainda não há uma confirmação oficial. Em resposta à pauta, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), emitiu uma carta aberta aos ministros manifestando seu desagravo.
"Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto. São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto", diz um trecho do texto.
"Defende nossas criancinhas, não queremos aborto" pedia o grupo, enquanto entoava músicas religiosas regidas por um padre. Bolsonaro interagiu rapidamente, sem falar com a imprensa. Essa não é a primeira vez que o líder brasileiro marca posição contrária ao tema. No sábado (18), algumas pessoas chegaram a entregar miniaturas representando fetos e uma bandeira com os dizeres "Brasil Vivo Sem Aborto".
O julgamento no STF estava previsto para começar na sexta-feira (24), mas ainda não há uma confirmação oficial. Em resposta à pauta, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), emitiu uma carta aberta aos ministros manifestando seu desagravo.
"Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto. São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto", diz um trecho do texto.
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Bolsonaro recebe quadro de apoiadores anti-aborto - Crédito: Sérgio Lima/Poder 360
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