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"Quem vai matar o Brasil é a quarentena", afirma ex-ministro Osmar Terra

O ex-chefe do Ministério da Cidadania estaria sendo cotado para substituir Henrique Mandetta no comando do Ministério da Saúde

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"Quem vai matar o Brasil é a quarentena", afirma ex-ministro Osmar Terra
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O deputado federal do MDB e ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra, cobrou sintonia entre o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, e o presidente Jair Bolsonaro e criticou as medidas de isolamento social, alegando que a iniciativa iria "matar o Brasil".

"Eu acho que ele é um bom ministro, né, só que ele tem que ter sintonia com o Presidente. O ministro é cargo de confiança do Presidente, né? Então, os dois têm que acertar o discurso. E pelo que vi no discurso, depois da reunião ontem, o ministro quer estender a quarentena. Quem vai matar o Brasil não é o coronavírus, é a quarentena", afirmou Osmar Terra, que se reuniu com Bolsonaro, nesta segunda-feira (06), e estaria sendo cotado para substituir Mandetta no comando do Ministério da Saúde.

Na porta do Palácio da Alvorada, na manhã desta terça-feira (07), um grupo de apoiadores do presidente se reuniram para pedir o fim das restrições e a saída do ministro da saúde. Jair Bolsonaro, porém, não se manifestou.

O presidente também não participou de dois eventos, previstos na agenda oficial, sobre o combate ao novo coronavírus: a coletiva de apresentação do aplicativo para pagamento do auxílio emergencial para trabalhadores sem renda; e o lançamento de um projeto de arrecadação de recursos para instituições sem fins lucrativos, durante a pandemia.

Mais tarde, em videoconferência, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que Bolsonaro não irá demitir Mandetta. "Ele vai organizar a relação dele, vai construir um discurso com o Mandetta. Vai manter o Mandetta, não tenho dúvida nenhuma disso. O Presidente trabalha muito com popularidade, popularidade de rede social. É assim a relação dele com o Moro, tem sido assim com o Mandetta", argumentou Maia.

Já o ministro-chefe da Casa Civil, General Braga Netto, que esteve reunido com o presidente, alegou que não há discussão sobre a saída do ministro da Saúde. "Está aqui o ministro Mandetta, num relacionamento cordial com todos os ministros, e a palavra de união que foi dita antes, pelo próprio presidente do Banco Central, essa é a posição do governo", disse Braga Betto.

No início da noite desta segunda-feira (07), após os rumores de que seria demitido do cargo, Luis Henrique Mandetta afirmou, em entrevista coletiva, que permaneceria no cargo. "Hoje foi um dia que rendeu muito pouco o trabalho. Muitos sem saber se eu iria ficar, iria sair. Gente limpando gaveta. Nós vamos continuar para enfrentar o nosso inimigo, a covid-19. Eu não vou abandonar. Médico não abandona paciente", declarou o ministro da Saúde.
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