Jornalismo
Menina autista de 9 anos é retirada de cinema no Rio de Janeiro
A criação da Carteira de Identificação da pessoa com transtorno do espectro autista, que garante prioridade em estabelecimentos, pode evitar casos como esse
SBT News
• Atualizado em
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O que era para ser um programa feliz em família se tornou um trauma. Uma menina autista de 9 anos foi retirada, por um funcionário, de uma sala de cinema, no Rio de Janeiro.
"A gente ficou muito triste com tudo isso. Era para ser um dia divertido, era para ser um dia alegre, entendeu?", contou a professora Taynara, sobre o dia em que levou as duas irmãs para ver um filme - entre elas, Ana Beatriz, que tem transtorno do espectro autista.
Segundo a família, um casal reclamou que a menina estava chutando a cadeira de um deles durante a sessão. As irmãs reconhecem que Ana Beatriz esbarrou na poltrona, mas que pediram desculpas. Mesmo assim, elas foram retiradas da sala.
"O pessoal do Kinoplex também disse: ah, tem que andar com um crachá escrito autista em todo lugar que eu for, tem que estar com uma identificação. Eu acho isso um absurdo", disse Taynara, que não conseguiu registrar o caso na delegacia.
Para o advogado Benedicto Gonçalvez Patrão, a família foi alvo de discriminação. "Para efeitos cíveis, há plena possibilidade de entrar como uma ação de dano moral contra a empresa do cinema. Fora do aspecto cível, haveria a necessidade em tese da intervenção do Ministério Público no sentido de realizar um termo de ajustamento de conduta para fins, inclusive, informativos", explicou Benedicto.
Casos como o de Ana Beatriz podem agora ser evitados. Nesta quinta-feira (09), foi publicada, no Diário Oficial da União, a lei que cria a Carteira de Identificação da pessoa com transtorno do espectro autista. A medida garante prioridade em estabelecimentos públicos e privados.
Em nota, a rede UCI Kinoplex informou que lamenta o incidente e que já revalidou os ingressos de Taynara e das irmãs para outra sessão. A professora, porém, acredita que não voltará tão cedo ao cinema. "A gente pretende voltar no cinema, mas nesse momento eu acho que não é a hora o porque quando a gente fala cinema com ela, ela já entende que cinema não pode, porque é proibido".
"A gente ficou muito triste com tudo isso. Era para ser um dia divertido, era para ser um dia alegre, entendeu?", contou a professora Taynara, sobre o dia em que levou as duas irmãs para ver um filme - entre elas, Ana Beatriz, que tem transtorno do espectro autista.
Segundo a família, um casal reclamou que a menina estava chutando a cadeira de um deles durante a sessão. As irmãs reconhecem que Ana Beatriz esbarrou na poltrona, mas que pediram desculpas. Mesmo assim, elas foram retiradas da sala.
"O pessoal do Kinoplex também disse: ah, tem que andar com um crachá escrito autista em todo lugar que eu for, tem que estar com uma identificação. Eu acho isso um absurdo", disse Taynara, que não conseguiu registrar o caso na delegacia.
Para o advogado Benedicto Gonçalvez Patrão, a família foi alvo de discriminação. "Para efeitos cíveis, há plena possibilidade de entrar como uma ação de dano moral contra a empresa do cinema. Fora do aspecto cível, haveria a necessidade em tese da intervenção do Ministério Público no sentido de realizar um termo de ajustamento de conduta para fins, inclusive, informativos", explicou Benedicto.
Casos como o de Ana Beatriz podem agora ser evitados. Nesta quinta-feira (09), foi publicada, no Diário Oficial da União, a lei que cria a Carteira de Identificação da pessoa com transtorno do espectro autista. A medida garante prioridade em estabelecimentos públicos e privados.
Em nota, a rede UCI Kinoplex informou que lamenta o incidente e que já revalidou os ingressos de Taynara e das irmãs para outra sessão. A professora, porém, acredita que não voltará tão cedo ao cinema. "A gente pretende voltar no cinema, mas nesse momento eu acho que não é a hora o porque quando a gente fala cinema com ela, ela já entende que cinema não pode, porque é proibido".
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