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Presidente do PSL é alvo de operação da Polícia Federal em Recife

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Luciano Bivar, que é investigado por suposto envolvimento em candidaturas laranjas de mulheres

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Presidente do PSL é alvo de operação da Polícia Federal em Recife
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A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (15), uma operação que teve como alvo Luciano Bivar, presidente do PSL. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão, autorizados pela Justiça Federal, em endereços ligados ao deputado federal em Pernambuco.

Os agentes da PF estiveram no apartamento de Bivar, em Jaboatão dos Guararapes, na sede do PSL no Recife e em duas gráficas. Foram apreendidos celulares, notebooks, pendrives e documentos.

A operação investiga se o grupo político do deputado federal - eleito no ano passado, por Pernambuco - usou recursos do fundo eleitoral em candidaturas femininas de fachada. A atual legislação exige que 30% do valor do fundo seja destinado às mulheres.

Uma das candidaturas suspeitas é a de Lourdes Paixão. Ela concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2018 e, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, recebeu 400 mil reais do Diretório Nacional do PSL.

Segundo Bivar, o dinheiro, que era do fundo eleitoral, teria sido repassado pelo então presidente da sigla, o ex-ministro Gustavo Bebbiano, demitido do Governo em fevereiro. Ele nega envolvimento e diz que o destino dos recursos é decidido pelas direções estaduais. Em Pernambuco, o PSL é presidido por Antônio Rueda, advogado particular de Bivar.

A defesa do deputado federal e do PSL de Pernambuco afirmou que "não há indícios de fraudes" e que vê a operação com estranheza pelo "momento de turbulência política".

A crise na legenda se agravou depois que o presidente Jair Bolsonaro afirmou, na semana passada, a um apoiador, que Luciano Bivar estava "queimado".

No entanto, a operação agradou a ala mais alinhada a Jair Bolsonaro dentro do próprio partido, que está rachado entre apoiadores do Governo e de Luciano Bivar. 

A análise é de que a ação da Polícia Federal fortaleceu o pedido capitaneado por Bolsonaro de mais transparência nas contas do PSL. e não for atendido, o presidente e um grupo de cerca de vinte e cinco deputados ameaçam deixar a legenda. 

 

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