Pedreiro é solto após ser confundido e preso por engano em São Paulo

O pedreiro Marcelo Santos Morais, de 45 anos, foi solto depois de ficar oito dias detido por engano, em uma cadeia pública de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Ele foi preso enquanto tirava a segunda via do documento de identidade, em um Poupatempo da região, acusado de participar de uma tentativa de furto, em 2004, na cidade de Cristalina, em Goiás.

A prisão de Marcelo foi fruto da má indole do irmão, que possui diversas passagens pela polícia. A família acredita que o irmão tenha passado os dados de Marcelo, no momento da prisão de um outro crime, no qual ele cumpriu pena por apenas alguns dias e depois fugiu da carceragem, permanecendo foragido até hoje.

Uma evidência apresentada pela família para comprovar a inocência do pedreiro foi o registro na carteira de trabalho. Isso por que, antes de morar em São Paulo, Marcelo trabalhou em Mariana, Minas Gerais, na mesma na época do crime em Goiás. Ainda de acordo com o atestado de antecedentes criminais, ele também não possui passagens pela polícia.

Além disso, os familiares tiveram acesso ao mandado de prisão expedido em 2010 pela juíza Débora Letícia Dias Veríssimo, que não foi localizada. No documento, há informações incorretas como o nome da mãe e a data de nascimento. O delegado da DP de Mogi das Cruzes soliciou o habeas corpus ao verificar as inconsistências no caso, porém foram necessários oito dias para que o pedido fosse aceito pela Justiça.

Mesmo solto, Marcelo aguarda cláusulas burocráticas para ter seu nome desvinculado das acusações.